Geraldo Cândido manifesta apoio à greve do funcionalismo marcada para a próxima semana



Ao registrar que, segundo dados do Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos), 76,08% de todos os servidores públicos federais civis estão sem receber aumento ou reajuste desde 1995, o senador Geraldo Cândido (PT-RJ) externou seu apoio e solidariedade à greve que a categoria está marcando para o próximo dia 22. Ele opinou que o funcionalismo federal e a previdência social foram escolhidos pelo governo Fernando Henrique Cardoso como bodes expiatórios dos problemas financeiros do país.

- Existe uma intensa e caluniosa campanha contra os servidores públicos conduzida pelo governo e apoiada pelos meios de comunicação de massa, baseada em generalizações e sofismas inaceitáveis que procuram apresentar os funcionários públicos como marajás privilegiados que vivem sem trabalhar, às custas do dinheiro público - afirmou o senador pelo Rio de Janeiro.

Citando dados do documento A questão salarial dos servidores públicos federais, elaborado pelo Dieese, Geraldo Cândido informou que as perdas salariais dos funcionários que não tiveram aumento ou reajuste desde 1995 chega a 43,01%. Ele explicou que, para que os salários destes servidores retornassem ao mesmo poder de compra de 1º de janeiro de 1995, o reajuste necessário sobre os vencimentos de dezembro de 2000 deveria ser de 75,48%.

Geraldo Cândido acrescentou que, além ser submetido a um arrocho salarial, o funcionalismo público perdeu mais de 50 direitos, vantagens ou garantias nos últimos anos. Ele destacou várias modificações no Regime Jurídico Único que trouxeram prejuízos para a categoria, como a proibição da conversão de um terço das férias em dinheiro, o fim das horas extras e da licença-prêmio, a transformação do anuênio em qüinqüênio, o fim da estabilidade e a ampliação do estágio probatório de dois para três anos.

15/08/2001

Agência Senado


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