Geraldo Mesquita: reconhecimento a Barão do Rio Branco é merecido



O senador Geraldo Mesquita (PSB-AC) disse que o estado do Acre é resultado de uma epopéia encenada pelo povo acreano e pelo Barão do Rio Branco, coroada cem anos atrás pelo Tratado de Petrópolis. Ele fez uma descrição detalhada, durante sessão solene do Congresso nesta quarta-feira (12), dos trechos da história de formação do estado e elogiou a coragem e determinação dos que participaram da Revolução Acreana. Mesquita também falou que a população do estado tem orgulho em ostentar o nome de Rio Branco na denominação de sua capital, pois ele é reconhecido com um dos heróis da "odisséia" de criação do Acre.

- A história do Acre foi traçada a golpes de audácia, estimulada pela ambição dos homens, talhada pela coragem dos nordestinos, impulsionada pela ousadia com que se escreve a história, conquistada pelo atrevimento dos heróis, sustentada pelo talento, a obstinação e a têmpera dos que dela nunca desistiram e dos que nela sempre acreditaram - realçou Mesquita ao fazer uma descrição dos acontecimentos que antecederam o tratado.

Ele contou que desde as primeiras investidas da Bolívia para instalar sua soberania naquele território, o povo acreano resistiu, primeiro pacificamente e depois com o uso de armas, para garantir o tratamento como brasileiros. A interferência do Barão de Rio Branco nos acertos diplomáticos realizados com a Bolívia foi decisiva, segundo Mesquita, para colocar fim ao impasse.

- Mais do que qualquer outro estadista brasileiro, o Barão do Rio Branco defendia em primeiro lugar a causa do povo acreano, a causa humana e social dos seringueiros. Tal aspecto humano e social estava acima de discussões bizantinas. O povo acreano, mais do que o território, era o prolongamento da nacionalidade, pelo sangue, e da pátria, pelo espírito - exaltou o senador, citando trecho de obra do escritor Cassiano Ricardo.



12/11/2003

Agência Senado


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