Gilvam presta homenagem às populações indígenas
- Apesar das doenças a que estão constantemente expostos, dos abusos que sofrem no contato com os brancos, dos vícios que são induzidos a contrair e do estado de pobreza em que vive a maioria dos grupos indígenas, mesmo assim, pode-se registrar que algumas etnias sobrevivem e ainda são numerosas - destacou Gilvam.
Gilvam Borges lamentou que, depois de cinco séculos de extermínio e discriminação, os brancos pouco saibam sobre a cultura, as tradições e o significado dos povos indígenas para a formação da cultura e da sociedade brasileira.
- Infelizmente, milhões de brasileiros ainda olham os índios com superioridade, mas é importante ressaltar que as tribos desenvolvem sozinhas eficientes maneiras de trabalhar, produzir, consumir e curar doenças - afirmou ele.
O senador cobrou mais ações concretas da Fundação Nacional do Índio (Funai) no sentido de acelerar e concluir os processos de demarcação de terras indígenas que estão em andamento e viabilizar outros que necessitam ser iniciados. Segundo o senador, de um total de 580 áreas indígenas existentes no Brasil, cerca de 373 estão demarcadas, mas ainda restam 207 a serem demarcadas. Em toda essa área, existem mais de 8 mil invasões, representando constante preocupação de conflito de grandes conseqüências.
A maior parte das tribos vive hoje na chamada Amazônia Legal, que ocupa uma área de aproximadamente 4 milhões de quilômetros quadrados e é formada pelos estados do Amazonas, Acre, Rondônia, Roraima, Amapá, Pará, Tocantins e Mato Grosso. Nas comunidades indígenas, há cerca de 210 povos distintos, falando mais de 170 línguas conhecidas, informou o parlamentar.
25/04/2001
Agência Senado
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