Gleisi quer mudanças no processo de aprovação do Orçamento da União



A senadora Gleisi Hoffman (PT-PR) quer que a Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização (CMO) reveja seu processo de trabalho. A senadora sugere que sejam revistas as regras sobre as emendas ao orçamento às quais os parlamentares têm direito. A senadora entende que apenas emendas relevantes para a vida da população deveriam ser aprovadas.

- Temos de nos perguntar qual é a efetividade que estamos tendo em relação a essas emendas, se elas estão de fato gerando resultado e se conseguem, com esses resultados, mudar a vida das pessoas lá na ponta - disse.

Gleisi Hoffman também propôs que, quando houver suspeita de desvio de recursos públicos em obras públicas, a punição recaia sobre o gestor e não sobre a obra, que atualmente é paralisada, penalizando toda a sociedade.

A senadora informou que a Comissão de Orçamento aprovou a criação de um grupo de trabalho que estudará esses e outros pontos da atuação do colegiado. O grupo de trabalho terá como objetivo a avaliação dos resultados da aplicação da Resolução nº 1/2006, que disciplinou vários procedimentos dentro da Comissão de Orçamento e do Congresso Nacional. O grupo deverá apresentar o resultado do seu estudo em 40 dias.

Entre os temas que serão analisados, informou a senadora, estão a relatoria da receita, o rodízio de parlamentares na comissão e a criação de comitês especializados. Para a senadora, é preciso analisar o que já foi aplicado da resolução e o que ainda precisa se tornar realidade.

A senadora propôs ainda que o valor destinado a cada parlamentar em emendas ao orçamento - atualmente R$ 13 milhões por ano - deveria diminuir para valores que o Poder Executivo de fato libere. Mas em contrapartida, haveria compromisso do governo de que não seriam feitos cortes às emendas.

- Aí nós vamos parar de brincar de fazer orçamento - disse.

Em aparte, o senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA) sugeriu que só sejam aceitas emendas para obras que já estejam em andamento e defendeu o orçamento impositivo. Já o senador João Pedro (PT-AM) concordou que o Congresso precisa discutir a fundo o processo de aprovação do orçamento.



19/04/2011

Agência Senado


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