Governo age sobre o câmbio e desonera folha de pagamentos para estimular indústria
O governo anunciou nesta terça-feira (3) novas medidas para aquecer a economia e ajudar a indústria a enfrentar a crise econômica internacional dentro do Plano Brasil Maior. O governo reforçou ações sobre o câmbio, medidas tributárias, com a desoneração da folha de pagamento, e estímulos à produção nacional. Foram destacadas ainda medidas para reduzir o custo do comércio exterior e de defesa comercial. Outra medida é o incentivo ao setor de informação e comunicações.
Programa Brasil Maior foi idealizado para fortalecer a indústria nacional.
Ministério da Fazenda é o responsável por planejar e executar as políticas econômicas nacionais.
Foram divulgadas ainda melhores condições de crédito, por meio do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico Social (BNDES), e condições mais favoráveis para a indústria automobilística nacional.
Sobre o câmbio, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, declarou que as medidas terão caráter permanente, incluindo o aumento das reservas internacionais. A política de aumentar a alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) também será mantida para taxar as operações especulativas. Por outro lado, a taxa básica de juros (Selic), que não tem como objetivo reduzir o câmbio, ajudará a evitar que os especuladores venham a investir no Brasil para garantir maior rentabilidade de suas aplicações.
Segundo ele, todas as medidas irão fortalecer a economia brasileira e garantir a continuidade do crescimento sustentável. Além disso, irão responder aos problemas que estão sendo criados pela crise econômica mundial.
“Mesmo países como a China estão reduzindo o PIB para 7,5% ante os 9,2% do ano passado. O Brasil é o único que reúne condições para responder à recaída da crise internacional, pois entre outras coisas tem mercado interno dinâmico, com geração de emprego e renda”, disse. O governo espera um crescimento de 4,5% ante os 3,8% previstos na economia global.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou nesta terça-feira que a produção industrial teve queda de 3,9% em fevereiro na comparação com o mesmo mês do ano passado. Analistas e investidores do mercado financeiro voltaram a reduzir a estimativa de crescimento da economia, que passou de 3,23% para 3,2% em 2012, segundo o Banco Central.
Em relação à folha de pagamento, foi anunciada desoneração da alíquota de 20% do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Em contrapartida, o empresariado terá que recolher aos cofres do governo de 1% a 2,5% do faturamento. Pelo Plano Brasil Maior, anunciado em agosto do ano passado, a alíquota de recolhimento do faturamento era 1,5%, mas nem todos os setores aderiram.
As novas medidas devem beneficiar 15 setores, principalmente da indústria intensiva.
Fonte:
Agência Brasil
03/04/2012 16:02
Artigos Relacionados
Senado aprova MP que desonera folha de pagamentos
Senado recebe MP que desonera folha de pagamento para estimular economia
MP 612/2013 desonera folha de pagamentos de 14 setores e permite alteração na contribuição patronal do INSS
Relatório da MP sobre desoneração da folha de pagamentos será apresentado no dia 25
Senado aprova MP que desonera folhas de pagamentos
Governo poderá reduzir custo da energia elétrica para estimular indústria, diz ministro