Governo brasileiro propõe no Qatar maior proteção para espécie amazônica
Uma delegação brasileira, composta por três técnicos do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e dois do Itamaraty, vão participar da 15.ª reunião da Conferência das Partes na Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies Selvagens da Fauna e da Flora Ameaçadas de Extinção (Cites), que será realizada em Doha (Qatar), de sábado (13) até 25 de março. O governo brasileiro busca com o evento a inclusão da Aniba rosaeodora Ducke (pau-rosa) no apêndice II da Cites, incluindo todas as suas partes e derivados. Se aprovada, a decisão viabiliza maior controle internacional do comércio da espécie.
O desaparecimento das populações naturais nos estados do Pará, do Amapá e em grande parte do estado do Amazonas ocasionado por intensa exploração, a regeneração lenta e o comércio preponderantemente externo, é a justificativa para a solicitação de inclusão. A árvore de grande porte, podendo atingir até 30m de altura por 2m de diâmetro, é muito cobiçada pela qualidade de seu óleo que é utilizado como fixador de perfumes. Mundialmente conhecido o perfume francês Chanel n° 5 utiliza o linalol, principio ativo do pau-rosa, em sua composição.
Esta espécie compõe a flora das matas de terras altas da Amazônia ocidental. Seus frutos são alimentos para aves, sua polinização é principalmente por abelhas nativas. O pau-rosa encontra-se nas listas oficiais de espécies em extinção da Colômbia e Suriname. A forma predatória de sua exploração esgotou o estoque disponível nas Guianas e, em seguida, no estado do Pará.
Fonte:
11/03/2010 20:49
Artigos Relacionados
Papaléo cobra maior proteção à biodiversidade da região amazônica
ARRUDA PROPÕE MAIOR PROTEÇÃO A FILMES NACIONAIS
Mozarildo pede proteção para fronteira amazônica
MESTRINHO PEDE PROTEÇÃO PARA A FRONTEIRA AMAZÔNICA
ONU Mulheres entrega relatório sobre pisos de proteção social ao governo brasileiro
Sibá: Padre Paolino pede proteção à floresta Amazônica