Mozarildo pede proteção para fronteira amazônica
Preocupado com a expansão do narcotráfico e com sua ação nefasta principalmente no Rio de Janeiro, o senador Mozarildo Cavalcanti (PFL-RR) pediu nesta segunda-feira (24) maior investimento público nas fronteiras do Brasil com os países produtores de drogas. Ele disse que o problema está aumentando em razão das vultosas quantias que o comércio de drogas movimenta, vendendo-as no país e exportando-as para Europa e Estados Unidos.
O parlamentar afirmou que os narcóticos não estão sendo produzidos no Brasil, mas na Colômbia, Peru, Bolívia e até Suriname, que têm fronteiras tão desguarnecidas quanto as do lado brasileiro da região amazônica. De acordo com o parlamentar, a Amazônia é uma porteira aberta para a alimentação desse comércio, enquanto a sociedade discute os sintomas sem atacar as verdadeiras causas do problema.
- Não temos uma ação enérgica para garantir que estamos queimando na entrada a causa disso. O Fernandinho Beira-mar foi preso na Colômbia, portanto, a conexão está muito clara. A atenção com a Amazônia precisa ser redobrada. E não deve ser uma atenção apenas romântica. É necessário dar um tratamento a esse problema.
Contra o descaso com que, a seu ver, o Brasil aborda esse assunto, Mozarildo reconheceu que o projeto Sivam foi uma iniciativa eficiente para prevenir e detectar a movimentação de aviões na região. Mas reclamou a execução do projeto Calha Norte, que "vem sendo praticamente nocauteado pelo governo federal".
Ele assinalou que a Amazônia tem mais de 11 mil quilômetros de fronteira seca, sem nenhuma divisão concreta e quase nenhuma fiscalização, porque nem a Polícia Federal nem as Forças Armadas têm efetivo para policiar toda a área. Diante desse quadro, nada mais importante, na visão do senador, que a redivisão territorial dos estados do Amazonas, Pará e Mato Grosso, para que o Brasil combata com mais eficiência o narcotráfico.
Mozarildo considerou incrível que, aprovados no Senado, os projetos que permitem à população desses estados responderem em plebiscito se desejam desmembrá-los ainda não tenham sido votados na Câmara. De acordo com o senador, surpreendentemente, uma deputada do PC do B é quem está se colocando contra a realização do plebiscito.
- Para mim é uma surpresa, porque ela se manifesta contra a oportunidade de o povo tomar essa decisão - disse.
24/06/2002
Agência Senado
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