Papaléo cobra maior proteção à biodiversidade da região amazônica



O senador Papaléo Paes (PSDB-AP) voltou a cobrar providências do governo brasileiro para proteger a biodiversidade da região amazônica. A fragilidade na proteção dos 17 mil quilômetros de fronteiras do Brasil com outros países estimularia, segundo afirmou, a ação da biopirataria internacional.

- O Brasil detém 23% de toda a biodiversidade do planeta. A biopirataria é a maior ameaça à soberania nacional - advertiu.

De acordo com o Tribunal de Contas da União (TCU), a fronteira do Brasil com a Bolívia e o Peru, situada entre os estados do Amazonas, Acre, de Rondônia e Mato Grosso, seria a mais vulnerável à ação dos biopiratas. Papaléo adiantou que as espécies vegetais e animais mais visadas são o cupuaçu, o açaí, a copaíba, a andiroba, o sapo cambo, cobras, aranhas e escorpiões.

Com base no relatório final da comissão parlamentar de inquérito da Câmara sobre biopirataria, o parlamentar revelou que a prática gera um déficit anual de US$ 2,5 bilhões aos cofres públicos.

- Trata-se da destruição do patrimônio genético da flora e fauna brasileiras -lamentou, lembrando ainda que 40% dos remédios derivam da biodiversidade e movimentam um mercado com faturamento superior a US$ 300 bilhões por ano.

Em aparte, o senador Gerson Camata (PMDB-ES) concordou com a necessidade de barrar a biopirataria, mas também chamou atenção para o controle que deve ser feito nas fronteiras para impedir a entrada de drogas e armas.

18/04/2007

Agência Senado


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