Governo do Estado quer ajuda dos concessionários para bloquear sinal de celulares nas prisões
Visitas estão suspensas neste final de semana nas unidades onde ocorreram rebeliões no último domingo
Visitas estão suspensas neste final de semana nas unidades onde ocorreram rebeliões no último domingo O governador em exercício, Geraldo Alckmin, se reuniu nesta terça-feira, dia 20, com representantes dos concessionários de telefonia celular no Estado para estudar um meio de bloquear o sinal dos telefones celulares nas unidades prisionais. Participaram da reunião os secretários Nagashi Furukawa, da Administração Penitenciária, e Marco Vinicio Petrelluzzi, da Segurança Pública, e representantes da Telesp Celular, Tess, Nextel e BCP. Segundo Furukawa, as empresas disseram ser possível instalar um sistema que impeça o uso do celular nas unidades situadas nas zonas rurais, mas que nas áreas urbanas o equipamento traria interferência no funcionamento de todos os aparelhos utilizados nas proximidades. “As empresas vão estudar uma maneira de bloquear o sinal também nas zonas urbanas”, disse o secretário. Ele informou que amanhã entrará em contato com a Anatel para discutir soluções para o problema, uma vez que o órgão federal tem de autorizar a instalação do sistema. A medida imediata para conter o uso de celulares nas prisões é aumentar o rigor nas revistas e a instalação de detectores de metais em todas as unidades. “Estamos adquirindo oitenta detectores para instalar em 75 unidades”, informou Furukawa. O secretário acredita que dentro de um mês e meio os detectores estarão instalados. Visitas suspensas Furukawa informou que as visitas estão suspensas neste final de semana em todas as unidades onde ocorreram rebeliões no último domingo. “É uma medida necessária para o bom funcionamento das penitenciárias e para garantir a segurança”, salientou, explicando que nessas unidades é preciso restaurar as condições físicas das dependências. O secretário também informou que dentro de uma semana a penitenciária de Taubaté, que está sendo reformada em caráter emergencial, vai poder voltar a receber detentos, quando pelo menos quarenta celas estarão disponíveis. Em mais duas semanas outras quarenta celas estarão prontas e, no começo de abril, as oitenta restantes poderão ser usadas. “Aqueles que estiverem na linha de confronto com o Governo e não quiserem cumprir a sua condenação como a lei determina de forma disciplinada e correta vão ser encaminhados para essa unidade de segurança máxima”, observou. F02/20/2001
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