Gráfica do Senado prepara lançamentos do Conselho Editorial
Além de estar preparando todo o material necessário para o reinício dos trabalhos legislativos, a Secretaria Especial de Editoração e Publicações (Seep) - a Gráfica do Senado - está imprimindo os três primeiros livros que o Conselho Editorial do Senado Federal lançará em 2011. As obras escolhidas foram Diálogos das Grandezas do Brasil, de Ambrósio Fernandes Brandão; O Ano da Independência, reunindo ensaios de vários autores; e Nas Selvas do Brasil, do ex-presidente norte-americano Theodore Roosevelt.
A viagem organizada por Roosevelt ao Brasil, que contou com a participação do então coronel Rondon, ocorreu em 1913. Depois de deixar o cargo de presidente dos Estados Unidos, ele realizou essa expedição com o objetivo inicial de estudar e recolher espécimes da fauna brasileira para o Museu Americano de História Natural, de Nova York.
Ao chegar ao Rio de Janeiro, o então ministro de Relações Exteriores do Brasil, general Lauro Muller, sugeriu a ampliação do objetivo: que a expedição também se dedicasse à exploração geográfica de regiões pouco conhecidas do Mato Grosso e do Amazonas. Roosevelt concordou e se juntaram à comitiva Rondon e auxiliares. Nas Selvas do Brasil é o relatório elaborado pelo ex-presidente após a viagem, que foi chamada pelo governo brasileiro de Expedição Científica Roosevelt-Rondon.
O Ano da Independência foi editado originalmente pelo Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro em comemoração pelo centenário da independência do Brasil. O livro tem a intenção de ser um diário dos fatos ocorridos em 7 de setembro de 1822 e suas consequências. Reúne fatos como a tentativa portuguesa de impedir a independência, o título de Defensor Perpétuo dado a D. Pedro I e o grito do Ipiranga.
Na publicação estão reunidos ensaios de Augusto Olímpio Viveiros de Castro, Artur Pinto da Rocha, Moreira Guimarães, comandante Eugênio Teirxeira de Castro, Alfredo Valadão, Laudelino Freire, Agenor de Roure, Augusto Tavares de Lira, Aurelino Leal, Rodrigo Otávio de Langaard Meneses, Max Fleiuss, Conde de Afonso Celso, Miguel Joaquim Ribeiro de Carvalho, Miguel Calmon du Pin e Almeida e Eugênio Vilhena de Morais.
Já Diálogos das Grandezas do Brasil, de 1618, contém informações sobre a geografia nordestina, os indígenas que lá habitavam, os engenhos, o comércio com Portugal e a até então escassa presença de habitantes que arriscavam povoar aquele território pouco explorado. O livro é composto por seis diálogos travados entre dois personagens: Alviano e Brandônio.
Através dessas conversas o leitor tem acesso a uma descrição das capitanias desde o Rio Amazonas até São Vicente. Também terá informações sobre as fontes de riqueza do Brasil naquela época: o pau-brasil, a cana-de-açúcar, o algodão e a exploração de madeira. A fauna brasileira, os índios, o mel, o vinho, o azeite e a extração de tinta das árvores pelos indígenas também são temas das conversas entre os dois.
28/01/2011
Agência Senado
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