Grandes momentos de 2013: duelo caseiro no salto com vara
Augusto Dutra, 23 anos, e Thiago Braz, que completa 20 em dezembro, aproveitaram um duelo travado em 2013, durante treinamentos e competições, para melhorar suas marcas no salto com vara. A disputa entre os companheiros de treino rendeu grandes resultados, incluindo o índice para o Mundial de Atletismo de Moscou, disputado em agosto deste ano. A “briga” dos atletas, que competem pela equipe da BM&FBovespa, poderia ter sido ainda mais intensa se outro companheiro deles, Fábio Gomes da Silva, de 30 anos, não tivesse se lesionado.
Empolgado com o desempenho da temporada, Augusto detalhou a disputa com os colegas ao longo de 2013. “No começo do ano, quebrei o recorde indoor do Fábio, com 5,66m (a marca sul-americana em pista coberta era de 5,65m). Daí, ainda em fevereiro, o Fábio fez 5,70m (ao ar livre), índice para Moscou. No começo de março, também consegui o índice para o Mundial: fiz 5,71m. Eu nunca tinha saltado isso. Nem esperava e nem caiu a ficha na hora”, contou.
Em maio, Augusto melhorou sua marca em 10cm — 5,81m — e quebrou o recorde sul-americano (ao ar livre) que desde 2011 pertencia a Fábio — 5,80 m.
Um mês depois, Augusto chegava aos 5,82m em uma prova de rua disputada em Hof, na Alemanha. Em julho, faltando apenas um mês para o Mundial, o caçula do grupo, Thiago Braz, resolveu entrar na briga. Ele saltou 5,83m — superando os companheiros — no Sul-Americano de Cartagena, na Colômbia, e também assegurou seu lugar no Mundial de Moscou.
Mas na Rússia, foi Augusto quem conseguiu o melhor resultado. O atleta saltou 5,65m e terminou a prova no 11º lugar. Thiago Braz parou nos 5,40m e João Gabriel Sousa, do Pinheiros, fez 5,25m. Fábio, lesionado, não pôde competir.
Além da forte concorrência dentro do próprio clube, Augusto revelou que uma mudança técnica foi fundamental para a evolução. “Eu fazia a corrida com 16 passadas e passei a fazer com 18. A corrida é um pouco maior, mais estendida. Tenho de acelerar mais, mas aí posso saltar com varas maiores, mais fortes, segurar mais no alto para alcançar mais altura. Deu certo.”
O saltador, no entanto, não deixa de citar a intensa competição “dentro de casa” como fator determinante para os bons resultados. “Foi muito interessante, porque no meu caso e do Thiago, nós dois evoluímos. E se o Fábio não tivesse se machucado, teria melhorado também. Agora, ele já está treinando com a gente”, avisou Augusto, deixando no ar a possibilidade de uma briga ainda mais intensa em 2014.
Fonte:
Brasil 2016
14/11/2013 19:06
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