Grão-duque de Luxemburgo manifesta interesse no estreitamento de relações com o Brasil



Estreitar as relações econômicas e políticas entre Brasil e o Grão-Ducado de Luxemburgo. É esse o sentido da visita ao país do grão-duque Henri de Luxemburgo e de uma delegação de empresários daquele país europeu, segundo informou ao presidente interino do Senado, Tião Viana (PT-AC), o próprio chefe de Estado, em passagem pela Casa na tarde desta quarta-feira (28).

Ao recepcionar o visitante, o presidente Tião Viana falou sobre as estratégias que vêm sendo adotadas pelo governo brasileiro para implementar políticas que levem a uma melhor distribuição de renda. Também disse que, no esforço pelo fortalecimento das relações especialmente com os países da América Latina, da África e do Sudeste Asiático, o Brasil tem se tornado uma nação mais solidária.

Participaram do encontro entre Tião Viana e o grão-duque Henri os senadores Gerson Camata (PMDB-ES), Eduardo Suplicy (PT-SP), Eduardo Azeredo (PSDB-MG) e Serys Slhessarenko (PT-MT).

Da delegação de 117 pessoas de Luxemburgo, 62 são empresários e homens de negócios que, de acordo com o grão-duque, têm participado de reuniões e seminários com o objetivo de "conhecer melhor a situação do Brasil e explicar a situação de Luxemburgo para incentivar o intercâmbio".

Henri se disse impressionado com a política energética do Brasil, especialmente no que se refere à sua preocupação com a preservação do meio-ambiente. O grão-ducado, em ocasiões anteriores, havia demonstrado preocupação crescente em relação aos prejuízos que poderiam advir da exploração dos biocombustíveis. Representantes do país se disseram apreensivos quanto ao risco de o cultivo para fins energéticos expansão produzir fome no mundo e aumento dos preços de commodities.

Apesar de seus reduzidos território e população, Luxemburgo desempenha papel de relevância no contexto internacional e, sobretudo, europeu. Membro fundador da Organização das Nações Unidas (ONU), da União Européia e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), com uma das primeiras praças financeiras do mundo e com o maior PIB per capita do continente, o país desempenha papel que, na verdade, em muito ultrapassa sua dimensão geográfica. Cultiva a imagem de conciliador - contribuindo em série de missões de paz executadas pela ONU, Otan e UE - e de solidário com os países mais pobres do mundo, para os quais já canaliza percentual superior de 0,89% de seu PIB, percentual superior aos 0,7% recomendados pelas Nações Unidas.



28/11/2007

Agência Senado


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