Grazziotin lamenta rejeição da proposta de fim do voto secreto
A Proposta de Emenda Constitucional (PEC) de autoria do deputado Roque Grazziotin (PT), que visava a acabar com o voto secreto na Assembléia Legislativa foi rejeitada por 19 votos a 17 na sessão desta terça-feira, dia 02 de outubro.
Ao criticar a postura dos deputados da oposição, Grazziotin disse que a sociedade tem o direito de fiscalizar as ações do Parlamento. "Cabe, portanto, a esta Casa zelar pela transparência nos procedimentos legislativos", defendeu ele, adiantando que não vai abrir mão desta proposição e que vai pedir o desarquivamento deste projeto no próximo ano. Para ele é essencialmente através do voto que o legislador exprime seus propósitos e intenções.
O deputado petista lembra que o cidadão, em determinados atos legislativos fica à mercê da ação de seus legisladores, sem que estes possam ser avaliados, sem que o povo possa fiscalizar. "A representação parlamentar não pode compactuar com a ausência da participação popular. Cabe, portanto, aos membros da Casa adotarem medidas públicas que contribuam para a credibilidade política dos representantes populares no Parlamento", assinalou ele, qualificando de atrasada a postura dos que inviabilizaram a aprovação da iniciativa.
O voto aberto atende os anseios sociais pela ética, pela moralidade e demonstra a lisura dos atos legislativos. Iniciativa similar a proposta pelo deputado Padre Roque existe em outros Legislativos, como o de São Paulo. "A Assembléia gaúcha, desta forma, deveria dar este grande exemplo de democracia, transparência e honradez", concluiu.
10/02/2001
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