Proposta de Emenda à Constituição quer o fim do voto secreto no Estado



A Proposta de Emenda Constitucional - PEC protocolada pelo deputado Roque Grazziotin, presidente da Comissão de Cidadania e Direitos Humanos no dia 2 de abril, que altera a forma de votação na Assembléia Legislativa deverá ser votada na próxima semana. A votação será em dois turnos, conforme o Regimento Interno, com um intervalo de três sessões entre os turnos, devendo obter três quintos dos votos para ser aprovada. “Isto significa que precisamos de 33 votos para aprovar a PEC. Mas não imagino que exista hoje na Assembléia algum parlamentar que pretenda a continuidade da votação secreta”, afirma Grazziotin. Para ele, esta mudança é fundamental para que a ação parlamentar seja cada vez mais transparente e aberta ao eleitor. MUDANÇA- A PEC altera os artigos 51 e 53 da Constituição Estadual, ou seja, o artigo 51 que trata das votações na Assembléia fica acrescido de parágrafo único que diz "nas deliberações é vedado o voto secreto". Já o artigo 53 é modificado em seus incisos 28 e 30, que tratam respectivamente da aprovação dos Conselheiros do Tribunal de Contas indicados pelo governador; diretores de entidades do sistema financeiro do Estado; titulares de outros cargos que a lei determinar e da destituição do procurador-geral de Justiça. A redação atual prevê votação secreta para estes casos. Explicando que o momento é de aperfeiçoar as instituições, o parlamentar petista lembra que o voto secreto para parlamentares é resquício de época da ditadura: "servia como forma de proteção para os legisladores de esquerda, mas também permitia práticas espúrias das bancadas governistas. Acabar com esta excrescência põe fim à qualquer possibilidade de acordo escondido como os que temos tido notícia, e colocam na vala comum todos os parlamentares. Acho que se trata de uma forma de reagir e demonstrar ao povo que o deputado ciente de seus deveres e de sua missão de representante popular não tem o que esconder", sintetiza Grazziotin.

08/29/2001


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