Hartung conclama país a preparar-se para os desafios da Alca
Segundo o representante do Espírito Santo, as discussões sobre a Alca têm sido apresentadas à luz de um falso dilema: trata-se de uma ameaça ou de uma oportunidade. Na verdade, sustentou, o Brasil precisa resolver aspectos fundamentais de comércio internacional, tais como custo de crédito, questão tributária e articulação de uma política agrária e industrial com o desenvolvimento da ciência e tecnologia.
Hartung lembrou que, em conseqüência da disputa ocorrida entre Brasil e Canadá sobre a suposta contaminação do gado brasileiro com o mal da vaca louca, o assunto comércio exterior deixou os gabinetes e fóruns de negociação, chegando ao Brasil de carne e osso. "E parece que chegou para ficar", afirmou.
Para o senador, essa nova postura ficou clara na 29ª reunião da Seção Nacional de Coordenação de Assuntos Relativos à Alca (Senalca) realizada no Ministério das Relações Exteriores, no início da semana, quando representantes de diferentes setores do governo e organizações não-governamentais (ONGs), além de empresários e trabalhadores, concordaram com a tese de que os próximos 12 meses serão cruciais para a preparação da posição brasileira nas negociações.
O primeiro grande desafio é a capacitação para as negociações internacionais, integrando esforços públicos e privados com a participação da sociedade nas discussões. - Assim, estaríamos mais capacitados para promover a integração do Mercosul, bem como para as negociações internacionais com a União Européia e no âmbito da Organização Mundial do Comércio - concluiu Paulo Hartung.
10/05/2001
Agência Senado
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