Hartung defende aprovação de reajuste linear de 20% na tabela do IR
Ao criticar a equipe econômica pela apresentação de propostas alternativas ao projeto em análise, o senador disse que a articulação do governo contra a aprovação da matéria é uma "enorme insensibilidade social e política".
- Chega a ser uma provocação aos parlamentares o modo como lideranças governistas tratam a questão, ameaçando cortar recursos das emendas orçamentárias para eventualmente cobrir o alegado déficit decorrente da arrecadação. Por isso, nada acrescentam ao debate as agressões verbais perpetradas pelo ministro da Fazenda, Pedro Malan, que chamou de hipocrisia e farisaísmo a defesa da proposta como foi aprovada no Senado e avança para ser ratificada na Câmara - afirmou.
Hartung declarou-se contra a alegação do governo de que o reajuste provocaria queda na arrecadação, citando informação do jornal Valor Econômico de que a arrecadação tributária baterá recorde histórico este ano, ultrapassando 34% do Produto Interno Bruto e superando o recorde de 33,18% do ano passado.
O parlamentar informou também que conforme o Valor Econômico a arrecadação de tributos deverá crescer ainda mais no ano que vem devido ao imposto sobre combustíveis, que entrará em vigor, e em função do aumento da contribuição patronal ao Fundo de Garantia de Tempo de Serviço (FGTS), de 8% para 8,5%.
Em aparte, a senadora Heloísa Helena (PT-AL) solidarizou-se com Paulo Hartung e destacou que o Congresso não está fazendo uma concessão, benevolência ou gentileza ao discutir o substitutivo que corrige a tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física.
- O governo federal está transgredindo, violando e cometendo uma infração ao não atualizar a tabela - afirmou Heloísa Helena.
Hartung manifestou seu apoio à proposta do senador Ramez Tebet (PMDB-MS), presidente da Casa, de prorrogar os trabalhos do Congresso Nacional durante parte do recesso parlamentar para votar o projeto de reajuste da tabela do IRPF e a proposta que põe fim à imunidade parlamentar.
28/11/2001
Agência Senado
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