Hartung pede o fim dos ataques militares ao Afeganistão



O senador Paulo Hartung (PSB-ES) pediu nesta terça-feira (6) o fim dos ataques militares ao Afeganistão. As razões apresentadas pelo senador são o aumento do número de vítimas inocentes e as dificuldades em se distinguir os verdadeiros alvos da guerra. Para Hartung, a linha adotada pelos EUA para combater o terror deixará uma "pesada hipoteca de instabilidade nas relações internacionais".

- O único caminho possível para a paz é o do entendimento multilateral para construir uma nova ordem que supere o paradoxo de um mundo cada vez mais desigual - disse Hartung.

O senador se solidarizou com o povo norte-americano pelos ataques de 11 de setembro e defendeu uma ampla mobilização internacional contra o terror. "Há elementos suficientes para justificar um amplo repúdio ao regime dos talibans", disse, ressaltando, no entanto, que o radicalismo do adversário, não é argumento para justificar uma ação de guerra.

Hartung chamou atenção para uma mudança na opinião pública em relação a guerra pela falta de resultados práticos, como atesta editorial da Folha de S. Paulo, do último dia 31. O senador afirmou que apenas 18% dos americanos confiam na capacidade do governo de protegê-los de novos ataques terroristas; na Inglaterra, mais da metade da população já deseja a suspensão dos ataques militares.

O Brasil, sustenta o senador, pode ter um importante papel no momento atual, e o discurso do presidente Fernando Henrique na Assembléia Nacional da França reforça a importância da atuação brasileira. "No discurso estão corretamente definidos os principais itens de uma agenda internacional: combate ao terrorismo, acompanhado de um esforço para enfrentar as causas da instabilidade; solução justa para o conflito entre israelenses e palestinos e compromissos que satisfaçam os interesses de todos de forma eqüitativa", observou Hartung, para quem o pronunciamento do presidente demonstra uma evolução no posicionamento, inicialmente tímido e pouco claro, do governo após os atentados.

06/11/2001

Agência Senado


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