Hartung pede aprovação da nova Lei das Sociedades Anônimas



Invocando o desenvolvimento da economia nacional e a consolidação do Brasil no mercado globalizado, o senador Paulo Hartung (PPS-ES) pediu nesta segunda-feira (dia 7) que o Senado concentre sua atenção no projeto da nova Lei das Sociedades Anônimas, que aguarda votação na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ).

Hartung pediu que o Senado não restrinja sua atuação aos debates concernentes à hipótese de quebra de decoro parlamentar de senadores acusados de violar o sistema eletrônico de votação. Ele considerou importante que o Conselho de Ética conclua seus trabalhos e que o Senado decida soberanamente o destino dos envolvidos no caso, mas observou que muito mais importante é modificar a Lei das Sociedades Anônimas.

O argumento fundamental do parlamentar é a necessidade de financiamento para a modernização do parque produtivo nacional. Segundo Hartung, o espaço para crescimento e a falta de capital para a reestruturação de uma empresa significam a diferença entre a consolidação de uma marca ou sua inviabilidade. Por isso, ele sustenta a importância da abertura do capital como um caminho para o desenvolvimento das empresas nacionais e um referencial seguro para novos investidores.

O senador disse que, no Brasil, o mercado acionário tem um desempenho pífio, lembrando que apesar de o país estar entre as dez maiores economias do mundo, o movimento das bolsas de valores está muito aquém das possibilidades. Entre as causas desse anacronismo, ele citou o elevado índice de sonegação fiscal e a desconfiança da sociedade ante as escassas garantias dadas pela atual legislação aos acionistas preferenciais e minoritários.

Com nove emendas destinadas a modificar o projeto que se encontra na CCJ, Hartung disse ainda que o texto representa um avanço na legislação do mercado de ações, na medida em que lhe confere mais transparência e assegura direitos aos detentores de ações preferenciais e aos acionistas com direito a voto, oferecendo mais segurança e estabilidade ao setor. O senador afirmou também que o projeto dá mais consistência à Comissão de Valores Mobiliários.

07/05/2001

Agência Senado


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