Hartung reivindica queda de juros para dinamizar a economia



O líder do PPS no Senado, Paulo Hartung (ES), reivindicou que a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), a realizar-se nesta quarta-feira (dia 14), decida diminuir os juros básicos da economia, hoje na casa dos 15,25% ao ano, "uma exorbitância para uma economia que retoma o crescimento, se comparados às taxas praticadas em outros países, mesmo aqueles em desenvolvimento", disse

Segundo Hartung, o cenário interno é favorável à queda dos juros. A inflação está sob controle, com previsão de cair ainda mais, a arrecadação de tributos vem batendo recordes sucessivos, superando R$ 176 bilhões no ano passado. E mais: o Brasil está conseguindo cumprir suas metas econômicas, em especial em relação ao superávit primário do Tesouro Nacional que, em 2000, foi de R$ 31,7 bilhões, equivalentes a 3 % do PIB.

Hartung explicou que a queda de juros durante o primeiro semestre do ano passado fortaleceu o processo de crescimento da economia, que passou a interferir positivamente no mercado de trabalho, aumentando a oferta de emprego e, timidamente, o salário. "Foi quando a equipe econômica artificializou uma crise, espalhando que havia a ameaça de aumento da inflação. A medida espalhou o pânico nos mercados e setores produtivos, paralisando a queda de juros", afirmou.

O senador pelo Espírito Santo disse temer que a equipe econômica prepare, agora, um novo artifício para estancar a taxa de juros sob o argumento de que a economia caminha para o superaquecimento, havendo ameaça de retomada do processo inflacionário. "Cautela na hora de reduzir a taxa de juros por medo do crescimento econômico seria de um ridículo sem precedentes na história recente no país", advertiu.

Hartung garantiu que as condições externas também são boas, não havendo motivos para apreensões. Em sua opinião, está na hora de o Executivo e o Legislativo avançarem em busca do desenvolvimento, dando impulso à reforma tributária para desonerar a produção nacional, votando a nova Lei das Sociedades Anônimas e retirando das gavetas as propostas de regulamentação do sistema financeiro.

13/02/2001

Agência Senado


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