HELOÍSA APÓIA GREVE DE SERVIDORES E PEDE ABERTURA DE NEGOCIAÇÕES
Ela afirmou que a greve é resultado de um sentimento de indignação e inconformismo dos servidores, que estão sem reajuste salarial há mais de cinco anos. "Eles também estão motivados pelos últimos absurdos do governo e pelos tratamentos desiguais que testemunhamos, como a votação desse imoral salário mínimo, o auxílio-moradia dos juízes estendido aos procuradores e os ajustes concedidos aos dirigentes da Petrobras", citou a senadora.
Heloísa contestou as alegações do governo, de que o servidor público é o responsável pelos elevados gastos da administração. Ela informou que, de acordo com o balanço financeiro da União relativo a 1999, as despesas com a categoria - incluindo aposentados e pensionistas - corresponde a 16,2% dos gastos financeiros do orçamento. "É um mar de mentiras que envolve os servidores públicos" - completou.
A senadora informou também que os servidores querem um aumento de 63,68%, o que para ela "não é nenhum absurdo, se comparado com o que o governo vem fazendo em relação ao apoio a banqueiros, à negociação da dívida de São Paulo e com o pagamento da dívida pública". Esclareceu, no entanto, que a categoria luta principalmente pela dignidade profissional e pela melhoria da qualidade dos serviços prestados.
Ao comunicar a preparação de uma grande marcha prevista para o próximo dia 24, quarta-feira, com a participação dos servidores, estudantes, movimentos populares e outras categorias de trabalhadores, Heloísa pediu ao governo que abra negociações imediatas com o funcionalismo.
18/05/2000
Agência Senado
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