Heloísa desmente versão da imprensa sobre ação policial no INSS



A senadora Heloísa Helena (PT-AL) desmentiu a versão divulgada pela imprensa sobre o episódio que culminou na ação da Polícia Federal para retirar servidores do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) da garagem do prédio da instituição. Diferente do que foi noticiado, ela garantiu nesta terça-feira (5) que não houve a invasão daquele prédio público e que sua ida até a garagem, na companhia de dois servidores, tinha se dado a pedido do próprio presidente do INSS, Taiti Inenami.

Segundo narrou a senadora por Alagoas, um grupo de 15 servidores foi convidado pelo presidente do INSS a subir ao seu gabinete para negociar o pagamento dos dias não trabalhados, em virtude da greve da categoria. Quando a comissão subiu, prosseguiu Heloísa Helena, Taiti Inenami desistiu da reunião mas informou que iria à Casa Civil tentar uma solução para o caso, e voltaria para dar uma resposta.

Uma hora depois, ainda de acordo com o depoimento de Heloísa Helena, o presidente do INSS telefonou para o seu próprio gabinete e pediu à senadora que descesse até a garagem na companhia de dois servidores. A conversa teria sido ouvida por todos os que estavam presentes à sala, já que a chefe de gabinete de Taiti Inenami, a pedido de Heloísa Helena, teria acionado o viva-voz do telefone.

Taiti Inenami teria justificado seu pedido para Heloísa Helena descer até a garagem do INSS na companhia de apenas dois servidores dizendo estar com receio de ser ofendido moralmente pelo grupo de grevistas. A senadora disse que desceu, esperou alguns instantes e foi surpreendida pela ação de integrantes da Polícia Federal, que teriam agredido às pessoas que estavam lá no momento.

- Como todos nós sabemos, mentira repetida muitas vezes vira verdade. E como ficou-se o tempo todo se repetindo na imprensa - personalidades e dirigentes importantes -, repetindo que havia uma invasão de prédio publico e, portanto, uma justificativa [para a ação] enérgica da Polícia Federal, vou ter a obrigação de dizer, controlando a adjetivação que gosto de fazer, que quem for capaz de dizer isso é pilantra, vigarista, moleque e malandro. Até porque eu estava lá e vi - afirmou Heloísa Helena, que apresentou requerimentos aos ministérios da Justiça e da Previdência Social solicitando detalhes da operação executada pela Polícia Federal.



05/08/2003

Agência Senado


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