HELOÍSA DIZ QUE OPOSIÇÃO CONTINUARÁ LUTA CONTRA DEVASTAÇÃO SOCIAL DO PAÍS
O pagamento da dívida pública, que aumentou mais de seis vezes apenas na gestão de Fernando Henrique, é prioridade absoluta do governo, segundo exigência do FMI, e apesar dos graves problemas sociais que acarreta, criticou a senadora. Heloísa também critica o que considera falta de coragem do governo para debater seriamente a reforma tributária, tendo optado pela proposta de Desvinculação das Receitas da União (DRU) e da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), para centralizar recursos nas mãos do executivo federal. Foi para preservar os estados e as políticas sociais que Heloísa Helena defendeu modificações à proposta de LRF do governo. A seu ver, o projeto deveria ter fixado percentuais máximos para o pagamento dos juros da dívida dos estados, o que não ocorreu, e retirou prerrogativas constitucionais do Senado.
Não contente com o endividamento do país, prosseguiu a senadora, o governo tem submetido ao Legislativo uma série de pedidos de novos empréstimos externos, aprofundando os elos de dependência do país em relação à "agiotagem internacional". Heloísa Helena também garante que o Bloco Oposição vai manter a vigilância sobre as privatizações.
No primeiro semestre, lembrou a senadora, o Senado aprovou dois empréstimos da Empresa de Correios e Telégrafos (ECT) que, segundo ela, deverão servir para criar as condições para privatizar a empresa. Para o próximo período de atividades legislativas, a senadora destacou a importância de rejeitar a privatização de hidrelétricas, como pretende o governo, através do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O controle das fontes de água serão, a seu ver, o maior problema do século XXI, e a privatização de hidrelétricas, nesse quadro, seria uma "irresponsabilidade".
O combate a todas as formas de corrupção com recursos públicos é outra prioridade que será mantida pelo Bloco Oposição, segundo a senadora. Os desdobramentos, na Justiça, dos processos que resultaram da operação de salvamento dos bancos Marka e FonteCindam, deram razão à recusa oposicionista de sabatinar Tereza Grossi, quando de sua indicação pelo presidente da República para assumir a Diretoria de Fiscalização do Banco Central, disse. Heloísa lembrou que o senador José Eduardo Dutra (PT-SE) chegou a apresentar requerimento para que o Senado só sabatinasse a indicada após as conclusões das ações judiciais por improbidade administrativa, movidas pelo Ministério Público, contra Tereza Grossi.
04/07/2000
Agência Senado
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