Heloísa Helena vai processar ACM por declarações a procuradores
Segundo o texto, Antonio Carlos disse aos procuradores que tem a relação dos votos dos senadores presentes à sessão secreta em que foi decidida a cassação de Luiz Estevão (PMDB-DF). Além do processo na justiça comum por crime de calúnia, a senadora petista anunciou que enviará ofício solicitando o posicionamento da Mesa Diretora do Senado sobre o caso.
- A calúnia é a arma dos canalhas. Antonio Carlos Magalhães é criminoso duas vezes: pela calúnia e por ter a ousadia de dizer que quebraria o sigilo da votação para fazer chantagem com os senadores. Não imaginávamos que poderíamos ser vítimas de uma patifaria tão grande - acrescentou.
Heloísa rechaçou qualquer insinuação de que tenha votado contra a cassação de Estevão a pedido de Renan Calheiros. Segundo explicou, Calheiros disse que Luiz Estevão tinha interesse em lhe mostrar uma fita contendo sua defesa. "Pedi que ele (Estevão) não se aproximasse de mim no plenário desta Casa", afirmou.
Na presidência da sessão, o senador Mozarildo Cavalcati (PFL-RR) determinou à taquigrafia que não inserisse na ata da sessão os "termos impróprios" porventura utilizados pela senadora em seu pronunciamento. O líder do PT, José Eduardo Dutra, se disse inconformado com a decisão de Mozarildo.
- Houve um embate com palavras mais duras, que não foram retiradas da taquigrafia - afirmou Dutra, referindo-se aos discursos de terça-feira (dia 20) dos senadores Antonio Carlos Magalhães e Jader Barbalho.
Dutra disse que o Bloco Oposição vai solicitar uma perícia no sistema eletrônico de votações. "É preciso apurar as responsabilidades no episódio. Porque estão sob suspeita todas as votações secretas no Plenário", acrescentou.
22/02/2001
Agência Senado
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