Heráclito critica "rolo compressor" do governo para aprovação da CPMF



Ao comentar informações publicadas pela imprensa, nesta segunda-feira (24), o senador Heráclito Fortes (DEM-PI) criticou o governo federal por utilizar as velhas práticas do "toma-lá-dá-cá" e do "é dando que se recebe" para tentar obter no Congresso Nacional os votos necessários para a aprovação da prorrogação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF).

Heráclito considerou absurdas as nomeações de políticos para cargos na Petrobras visando à prorrogação da CPMF e sugeriu um outro enfoque para a discussão da necessidade ou não de sua continuidade. Segundo ele, no Brasil, o problema da falta de recursos para saúde, que deveria em parte ser suprida pela arrecadação da CPMF, tem origem sobretudo no desvio de tais verbaspara aplicações em outras finalidades.

- Como se justifica a destinação de R$ 47 bilhões da CPMF, aproximadamente, à área da saúde, e ainda faltar dinheiro? - indagou.

Heráclito contestou ainda declaração do ministro das Relações Institucionais, Walfrido dos Mares Guia, alertando para o risco de paralisação da Esplanada dos Ministérios no caso de não aprovação da CPMF. Ele observou que se o tributo estivesse sendo bem aplicado, o sistema de saúde no Brasil estaria funcionando bem e o governo não precisaria ter destinado recentemente à saúde recursos emergenciais no valor de R$ 2 bilhões.

Em seu pronunciamento, Heráclito parabenizou ainda o vice-presidente do Senado, Tião Viana (PT-AC) pela posição tomada com relação a críticas feitas pelo presidente da Venezuela, Hugo Chávez, ao Congresso.

Em aparte, Mão Santa (PMDB-PI) manifestou seu apoio ao discurso de Heráclito.



24/09/2007

Agência Senado


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