Heráclito: 'Extinção de 500 cargos é só o começo'



Momentos depois de o presidente do Senado, José Sarney, anunciar a extinção de 500 dos 1000 cargos efetivos existentes na Casa que aguardam preenchimento, o 1º secretário Heráclito Fortes (DEM-PI) afirmou que este é apenas o começo de uma série de medidas administrativas destinadas a modernizar a instituição.

- Não vamos parar aqui. Estes são os primeiros 500 cargos que estão sendo extintos. São 500 cargos da estrutura do Senado que estamos cortando para evitar que sejam preenchidos. São cargos que a modernização administrativa fez com que se tornassem desnecessários.

O 1º secretário anunciou que estudos estão sendo realizados para averiguar a hipótese de existência de outros cargos inúteis na instituição. Ele disse ter certeza de que esse número será ampliado e definiu a providência como primeiro passo para o prometido enxugamento da máquina administrativa do Senado. Heráclito ressalvou contudo não dispor ainda de números sobre o quanto isso significará em economia com pessoal.

- Estamos cortando, evitando que esses cargos sejam preenchidos, evitando despesas futuras para o Senado. São cargos que estavam em aberto, alguns por conta de aposentadorias ou de pessoas que saíram para ocupar funções noutros órgãos. Eram cargos vagos que a partir de agora deixam de existir. Estamos num processo de enxugamento do Senado.

O ato de Sarney extinguindo esses 500 cargos deverá ser assinado ainda na tarde desta quinta-feira (24). De acordo com o diretor-geral do Senado, Haroldo Tajra, a maioria dos cargos se situa na gráfica. Tajra também disse que o Senado tem hoje 9.500 funcionários, entre efetivos, comissionados e terceirizados.

Também ficou decidido na reunião da Mesa Diretora realizada nesta manhã que os líderes partidários poderão ter até dois funcionários comissionados atuando em seus escritórios nos estados. Indagado se isso não produzirá mais despesa para o Senado, Heráclito Forte afastou a hipótese.

- É apenas uma alteração, decidida por unanimidade, que não gera nenhuma despesa. É apenas para atender a uma reivindicação dos líderes.

Teresa Cardoso / Agência Senado



24/09/2009

Agência Senado


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