Heráclito lamenta falta de transparência no governo do PI
O senador Heráclito Fortes (DEM-PI) lamentou nesta quarta-feira (14) que o Portal da Transparência mantido pelo governo do estado do Piauí tenha sido classificado em 25º lugar no primeiro ranking Índice de Transparência, elaborado pela Associação Contas Abertas, que analisa e lista todos os portais estaduais e o federal.
O parlamentar informou que o portal federal lidera com 7,56 pontos a classificação geral; o estado de São Paulo, o mais rico do país, encabeça a categoria estadual com 6,96 pontos, seguido por Pernambuco, "governado pelo PSB, mesmo partido do autor da Lei Complementar nº 131, ex-senador João Capiberibe", com 6,81 pontos.
- Para tristeza nossa e dos piauienses, o Piauí está um último lugar, 25º do ranking - disse o senador.
Para Heráclito, o Índice Transparência mostrou o que ele vem denunciando ao longo de sete anos sobre o governo do Piauí: "é um governo sem nenhuma transparência, sem nenhum escrúpulo". O senador também ressaltou que a transparência não é um privilégio dos estados mais ricos e melhor aparelhados, pois o Amapá ficou em 22º lugar.
Heráclito Fortes considerou vergonhosa a posição do Piauí no ranking, lembrando que o governo "gastou fortunas em reforma administrativa".
O senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR) disse, em aparte, que a corrupção é grande nos governos estaduais do Piauí e de Roraima, porque os órgãos que deveriam fiscalizar estão sendo cerceados. Ele disse que sempre chama a atenção dos Ministérios Públicos, Estadual e Federal, e do Tribunal de Contas do Estado de Roraima para esse problema, devido ao grande volume de verbas federais envolvidas.
- Lamento que o meu estado seja o penúltimo e o de V. Exª o último na questão da transparência - palavra que gostam tanto de dizer - ou seja, da clareza, para que as pessoas saibam o que está sendo gasto - disse.
Heráclito ainda lembrou que o ex-governador do Piauí Wellington Dias foi condenado em duas instâncias, pelo Tribunal de Contas do Estado e pelo Tribunal de Contas da União, por mau uso de recursos públicos. O senador disse que o Piauí está quebrado e o governo continua a lançar novas obras e a assinar novos convênios, fazer aditivos e dar 5% do valor da obra só para criar mais dificuldades para prefeitos no futuro.
14/07/2010
Agência Senado
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