Heráclito pede atenção do governo às críticas da oposição
Em discurso no Plenário nesta sexta-feira (24), o senador Heráclito Fortes (PFL-PI) solicitou à ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, que preste atenção às críticas que deputados e senadores da oposição fazem ao governo no Congresso. Na opinião do senador, se o governo desse ouvidos à oposição, poderia evitarerros e casos de corrupção.
- È preciso que se faça justiça à ministra Dilma Rousseff pela maneira séria com que trata as questões da sua pasta e do governo. Por isso, quero dizer que o governo deve pelo menos ler, catalogar e guardar as críticas que lhe faz a oposição- declarou Heráclito.
O representante do Piauí disse que é necessário investigar o Bolsa-Família no seu estado, onde estão registradas, segundo o senador, 1,5 milhão de pessoas como beneficiárias do programa, quando a população total é de cerca de três milhões de habitantes.
Heráclitosugeriu que a ministra Dilma Rousseff"reflita, de maneira tranqüila e sensata, sobre dois fatos graves que rondam o palácio responsável pelos destinos do país: organizações não-governamentais e crise no setor aéreo".
-Dois fatos de proporções graves. Envolvem recursos públicos e vidas humanas. É preciso que haja decisão, determinação e coragem na tomada dessas providências.
O senador também cobrou do PT uma declaração oficial sobre o caso do recém-eleito deputado Juvenil Alves, o mais votado pelo PT em Minas Gerais. Juvenil Alves foi preso na quinta-feira (23) pela Polícia Federal, acusado de formar quadrilha especializada em crimes financeiros.
Na opinião de Heráclito Fortes, a prisão de Juvenil é mais um caso de uma longa série que envolve o partido desde o início do governo.
- O episódio inaugural de todo esse seriado triste ocorreu quatro anos atrás, ou pouco menos, no caso chamado Waldomiro Diniz. Digo isso com a autoridade de quem se sente culpado, porque, dando um crédito de confiança a um governo que se iniciava, achei por bem não assinar aquela CPI. Talvez tenha sido, durante este mandato, o meu grande erro - declarou o senador.24/11/2006
Agência Senado
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