Ideli espera que acordo com FMI seja revisto



A senadora Ideli Salvatti (PT-SC) manifestou esperança, nesta quarta-feira (30), de que o acordo assinado pelo Brasil com o Fundo Monetário Nacional (FMI) seja revisto, permitindo assim que recursos destinados a investimentos em infra-estrutura e saneamento básico estejam liberados das metas fiscais. Assim, explicou Ideli, nas contas de superávit fiscal (receitas menos despesas, excetuando-se os pagamentos de juros da dívida), esses recursos deixariam de ser considerados meramente como -gastos- e o Brasil teria, anualmente, mais R$ 5 bilhões para atender às necessidades da população.

Para a senadora, há condições para a revisão no acordo.

- O FMI reconhece erros na condução de crises cambiais em países emergentes e já sinaliza o afrouxamento das cláusulas dos acordos com o Brasil e com a Argentina, a exemplo do que já fez com México e Rússia - disse.

Ideli mencionou também o encontro recente entre o presidente argentino, Nestor Kirshner, e o presidente norte-americano George Bush. Segundo matéria publicada pela imprensa e lida em Plenário pela senadora, durante o encontro, o presidente dos Estados Unidos - o maior acionista do FMI - teria acenado com a possibilidade de apoiar a revisão pleiteada pelo Brasil e pela Argentina.

A senadora informou que apresentará requerimento para que autoridades da área financeira do governo sejam convidadas a vir ao Plenário do Senado para debater as negociações em torno do acordo com o FMI.

Para ela, no entanto, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, já teria apontado na direção de uma revisão do acordo, em viagem recente à cidade de Itajaí (SC). Ideli leu trecho do discurso do presidente em que ele afirma que o investimento público não ficará congelado em seu governo. O presidente teria dito ainda, segundo a senadora, que a infra-estrutura nacional não será comprometida e que o -apagão- que aconteceu no setor elétrico não se repetirá.

- Se for necessário um novo empréstimo do FMI, o acordo respeitará a soberania e os interesses nacionais - concluiu Ideli, ressaltando a necessidade de o Brasil gerar emprego e renda.



30/07/2003

Agência Senado


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