Ideli: jornalista mostra que "inchaço da máquina do Estado é lorota"



A senadora Ideli Salvatti (SC), líder do PT, leu em Plenário nesta quarta-feira (28) trechos de artigo do jornalista Elio Gaspari, publicado nos jornais Folha de S. Paulo e O Globo no último dia 21, afirmando que "o inchaço da máquina do Estado é lorota", baseando-se em um estudo dos economistas Fábio Giambiasi e Mansueto Almeida, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), e Samuel Pessoa, da Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Para a senadora, o estudo contesta afirmações das oposições de que o governo estaria aumentando de forma irresponsável os gastos com servidores e aposentados e de que isso estaria reduzindo os investimentos e comprometendo a qualidade da administração pública.

Conforme o artigo, os economistas mostram que, entre 2003 e 2005, os gastos com servidores ativos "ficou onde estava", ou seja, em 2,3% do Produto Interno Bruto (PIB). Quem pensa que o "rombo" poderia vir das aposentadorias também erra: elas caíram de 2,5% para 2,2% do PIB no mesmo período. As despesas da máquina do Estado também não aumentaram - pelo contrário, caíram de 2,3% para 2% do PIB.

No entanto, de 2001 a 2005, os gastos não-financeiros do governo federal pularam de 16,1% para 17,7% do PIB, leu a senadora Ideli Salvatti. O estudo citado pelo jornalista Elio Gaspari conclui que o aumento se deveu aos programas sociais iniciados no governo Fernando Henrique Cardoso e ampliados no governo Luiz Inácio Lula da Silva. No período, as despesas com programas sociais passaram de 2% para 2,7% do PIB.

A senadora apresentou ainda no mesmo pronunciamento requerimento de aplauso a municípios que ganharam do Ministério do Desenvolvimento Social o prêmio de melhor índice de gestão do Bolsa-Família. Santa Catarina, estado da senadora, teve três municípios entre os premiados (Bom Jesus, Flor do Sertão e José Boiteux).

Ideli Salvatti leu também parte de notícia do jornal Valor Econômico desta quarta-feira (28) que mostra que os programas de transferências de renda para populações carentes representam uma parcela crescente da renda disponível para o consumo em alguns estados.Na média nacional, o Bolsa-Família atingiu em maio 1% da massa salarial do país. Citou ainda que, na Bahia, este peso foi de 3,2%. A senadora informou que o mesmo jornal registra que a Bahia é a campeã do Bolsa-Família, tendo recebido em maio R$ 76,3 milhões.



28/06/2006

Agência Senado


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