Ideli pede repúdio a autor de violência
Ao lado de políticas públicas que coíbam a violência contra a mulher, a senadora Ideli Salvatti (PT-SC) propôs, durante sessão solene do Congresso Nacional em homenagem ao Dia Internacional pela não Violência contra a Mulher, nesta terça-feira (25), que a sociedade repudie o homem que agride mulheres. Ela considera que essa é uma forma de fazer com que o agressor se sinta um ser -abjeto, infame e infeliz- por praticar esse tipo de violência.
- Que ser é esse homem que, para se impor, bate, que não tem a capacidade de cativar e apaixonar, e estupra? Muito mais que meramente políticas públicas de combate à violência, precisamos criar na sociedade brasileira uma repulsa a todo e qualquer ser violento, especialmente contra mulheres e crianças. De uma vez por todas o machismo tem que deixar de ser um troféu. O homem que bate e que estupra não é macho, é covarde e merece a repulsa da sociedade - declarou.
Ela destacou a importância da adoção de iniciativas governamentais para proteger as mulheres e eliminar a violência. Como exemplo, citou a lei que torna compulsória a notificação dos casos de violência contra a mulher por hospitais e postos de saúde. A medida, disse a senadora, deve aumentar as estatísticas de registros de violência, que, atualmente, apontam que 56% dos casos são registrados dentro do próprio lar.
A senadora registrou ainda que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva criou a Secretaria Especial das Políticas para as Mulheres, que, pela primeira vez, tem status de ministério. O Executivo, disse a senadora, também adotou o Programa Nacional de Combate à Violência, que prevê a ampliação do número de centros de atendimento à mulher. Como forma de o Legislativo dar apoio a essas iniciativas, Ideli sugeriu que os parlamentares consigam destinar mais recursos orçamentários para expandir a proteção à mulher.
- Temos conseguido avançar, trazer o tema para a agenda social, como no caso da novela Mulheres Apaixonadas . A adoção de políticas públicas é a única maneira de eliminarmos a violência contra a mulher - afirmou.
25/11/2003
Agência Senado
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