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- Quando um cidadão eleito para a Câmara dos Deputados ou para o Senado Federal é impedido em seu direito de falar, o direito de publicidade do texto a ser votado é negado e o parlamentar nem mesmo sabe o que está votando, então está se abrindo um gravíssimo precedente - ponderou a parlamentar petista.

Na avaliação de Ideli, o presidente da CPI, senador Delcídio Amaral (PT-MS), também teria infringido normas regimentais ao se negar a colocar em votação os votos em separado apresentados ao relatório de Serraglio e ao oferecer aos parlamentares um "texto resumido", em que não estavam identificadas as inclusões e exclusões ao texto do relator ou quem as havia solicitado.

Ideli citou três trechos do relatório que teriam sido subtraídos sem explicações sobre quem havia solicitado sua retirada e por quê. Foi retirado do relatório, disse Ideli, o pedido de indiciamento das empresas Beta e Skymaster que teriam vencido concorrência dos Correios, em outubro de 2002, com contrato de R$ 280 milhões; o caso de uma franquia dos Correios cujo faturamento anual era de R$ 144 milhões; e uma investigação sobre uma aplicação internacional, no valor de US$ 240 milhões, feita pelo Instituto de Resseguros do Brasil (IRB), que teria causado graves prejuízos ao instituto.

A senadora lembrou que, durante a votação do relatório, fez referência a várias comissões parlamentares de inquérito nas quais o recurso ao voto em separado foi utilizado, indagando por que, no caso específico da CPI dos Correios, a norma regimental não estava sendo seguida.

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