Ideli protesta contra o uso de palavras ofensivas por senadores
A senadora Ideli Salvatti (PT-SC) protestou nesta terça-feira (9) contra o uso de palavras ofensivas por senadores, seja em declarações à imprensa, seja no próprio Plenário do Senado. Aproveitando sua participação no debate sobre o estatuto sobre as armas de fogo, Ideli fez um apelo ao -desarmamento dos espíritos-.
Ela citou como exemplo duas declarações da senadora Heloísa Helena (PT-AL), a primeira delas ao Correio Braziliense. Conforme o jornal, em referência ao encurtamento de prazos para a votação das reformas, ela teria dito que -a vigarice é sempre inteligente-.
Já em Plenário, a senadora alagoana usou o termo -porquinha-, numa suposta referência a Ideli. Como as duas têm divergido sobre as reformas, em aparte a discurso do senador Arthur Virgílio (PSDB-AM), Heloísa Helena afirmou que não fugia de conflitos, mas preferia -brigar com o dono dos porcos a brigar com os porcos-. Heloísa foi além ao dizer que quando -algum porquinho ou porquinha treinada para cantar- fala alguma coisa sobre ela, não é seu costume responder.
Esta declaração foi feita depois de sessão em que Ideli interpretou clássicos da música popular brasileira em homenagem ao Dia do Samba. As palavras de Heloísa foram ditas no contexto de um comentário de Virgílio sobre o termo -senatriz-, dirigido a Heloísa por Ideli em entrevistas, em alusão aos acessos de choro da parlamentar de Alagoas por ocasião de discursos sobre a reforma da Previdência.
- Porquinho e porquinha neste Plenário eu não vou admitir. O Senado não deve comportar esse tipo de expressões - disse a senadora catarinense. Em seguida, para criticar a posição de Heloísa, contrária ao próprio partido, Ideli disse que não costuma -cuspir na gamela- em que comeu. A senadora cobrou também que fossem apontados os nomes dos senadores considerados por Heloísa como vigaristas.
09/12/2003
Agência Senado
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