Ideli Salvatti alerta para prejuízos de produtores catarinenses com transgênicos



A senadora Ideli Salvatti (PT-SC) disse estar acompanhando, com atenção e preocupação, a decisão anunciada pelo governo federal de editar medida provisória para liberar o plantio de soja geneticamente modificada no país. Embora haja a tendência de a discussão sobre o assunto se dividir entre as posições dos adeptos da causa da ecologia e do agronegócio, que seriam, respectivamente, contrários e favoráveis à iniciativa, a senadora sustentou nesta quinta-feira (25) que os empresários do setor agrícola de Santa Catarina seriam profundamente prejudicados com a legalização da transgenia.

Segundo a parlamentar, lei estadual já proíbe o plantio e a comercialização de alimentos geneticamente modificados em Santa Catarina. Com uma produção agroindustrial significativa e destinada, em grande parte, ao mercado externo, o estado poderia amargar prejuízos financeiros e econômicos com a liberação do cultivo de transgênicos.

- Produtores de frango de Santa Catarina que, na falta de milho no mercado interno, foram obrigados a comprar milho transgênico no Paraguai, tiveram contratos de exportação para a Europa suspensos - relatou.

Vista por esse ângulo, a liberação do plantio de soja transgênica no Brasil não seria do interesse dos produtores agrícolas catarinenses, nem teria o aval do governo do estado, assegurou Ideli.

Diante das incertezas quanto aos reflexos da medida no meio ambiente e na saúde da população, a senadora petista defendeu uma análise serena do problema, focada nos interesses da população brasileira e da diversidade econômica do país.



25/09/2003

Agência Senado


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