Inácio Arruda defende o Estado como indutor do desenvolvimento
O senador Inácio Arruda (PCdoB-CE) defendeu o Estado como o vetor do crescimento econômico do país. Em pronunciamento nesta quinta-feira (3), o parlamentar lembrou que, no dia anterior, durante a instalação da 54ª Legislatura, a presidente Dilma Rousseff anunciou investimentos em infraestrutura, até 2014, no valor de R$ 955 bilhões. Os investimentos serão feitos por meio da segunda etapa do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC-2).
O senador conclamou os colegas a participarem da discussão que opõe, de um lado, o Estado como principal vetor de crescimento brasileiro, e, de outro, "aquela tese que foi derrotada nas eleições seguidamente, em 2002, 2006 e 2010, que é a máxima da ortodoxia neoliberal", a qual, para Inácio Arruda, determina que o crescimento da economia de países em desenvolvimento tem de ser limitado.
- É aqui que definiremos se teremos um longo período de crescimento, de desenvolvimento, ou se faremos a velha política do dábliu [referência ao chamado Consenso de Washington, que propõe a aplicação de princípios liberais na economia]: cresce, cai, cresce, cai, e isso não ajuda o nosso país. Claro, temos a nossa comissão específica para tratar desse assunto, a Comissão de Assuntos Econômicos, mas o Plenário é o centro, é a base. É aqui que temos de discutir a questão mais importante do Brasil, que é manter o rumo do seu desenvolvimento, do seu crescimento - afirmou o parlamentar.
O senador exemplificou a importância de se desenvolver a infraestrutura no Brasil com o fato de o país vender para a China uma tonelada de ferro por R$100,00 e comprar uma tonelada de trilhos por R$800,00.
- É uma barbaridade que isso ocorra! Vou até falar com o produtor de arames farpados do Ceará para ver se ele não resolve produzir trilhos e assim resolvemos essa questão - afirmou.
03/02/2011
Agência Senado
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