Inácio Arruda quer ouvir Mantega e Luciano Coutinho sobre a crise mundial em reunião conjunta da CI, CAE e CAS
A crise econômica mundial poderá ser debatida pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, e pelo presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, em reunião conjunta de três comissões permanentes do Senado. Essa é a intenção do senador Inácio Arruda (PCdoB-CE), que apresentou requerimento nesse sentido nas comissões que integra: de Serviços de Infraestrutura (CI), de Assuntos Sociais (CAS) e de Assuntos Econômicos (CAE).
O parlamentar acredita que o Senado, por meio de suas comissões temáticas permanentes, deve contribuir para a busca de soluções para o enfrentamento da crise econômica mundial. Um dos grandes desafios, em sua opinião, é minimizar a queda no ritmo de crescimento da atividade econômica e seus efeitos na oferta de emprego e na qualidade de vida da população, não permitindo que a classe trabalhadora se transforme na principal vítima da crise.
Ainda sobre as consequências da crise, Inácio Arruda também quer realizar audiência pública, desta vez conjunta da CAE e da CAS, para ouvir representantes do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), do Instituto de Pesquisa e Estatística Avançada (Ipea) e do Ministério do Trabalho e Emprego. Em uma segunda reunião, seriam ouvidos representantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Confederação Nacional da Indústria, (CNI), Central Geral dos Trabalhadores (CGT), Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB) e a Força Sindical.
Crise
Uma das promessas da campanha do atual presidente do Senado, José Sarney, foi a criação de uma comissão especial para avaliar as medidas governamentais já adotadas e propor novas iniciativas para amenizar os efeitos da crise sobre o emprego e a produção no país. A Comissão de Acompanhamento da Crise Financeira e da Empregabilidade foi criada na última terça-feira (3) e será presidida pelo senador Francisco Dornelles (PP-RJ).
Segundo Dornelles, o desafio é entender os motivos de o Brasil manter taxas de juros e spread bancário (diferença entre o que as instituições financeiras pagam pela captação de recursos e o que cobram dos clientes nas operações de empréstimo) tão altos. Ele informou que a comissão terá 45 dias para apresentar estudo a respeito do assunto. O presidente da comissão também defendeu maior agilidade na concessão de linhas de crédito ao setor produtivo e a identificação de "gargalos" para a geração de emprego junto a representantes do governo, de empresas e trabalhadores.
05/03/2009
Agência Senado
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