Incentivos fiscais favorecem a indústria automobilística, diz César Borges
Em pronunciamento nesta terça-feira (2), o senador César Borges (PR-BA) defendeu a adoção de uma política pública de incentivos fiscais e disse que iniciativas nesse sentido favorecem a implantação e a consolidação da indústria automobilística em regiões menos desenvolvidas do país, a exemplo do complexo automotivo da Ford em Camaçari, na Bahia.
O senador adiantou que deverá relatar em Plenário, ainda nesta terça-feira, a Medida Provisória 471/09, que prorroga até 2015 a vigência dos incentivos fiscais concedidos às montadoras e fabricantes de veículos instalados nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. O exame da matéria depende da votação de outras proposições que no momento obstruem a pauta de votações.
César Borges disse que a unidade da Ford em Camaçari, com produção diária de mais de 900 veículos, foi responsável em 2008 por cerca de 2/3 da produção da montadora no país, o que representou mais de 6% da produção nacional de veículos "para quem não produzia um automóvel sequer".
Segundo o senador, a cadeia automotiva já gerou na Bahia 50 mil empregos indiretos e quase 9 mil empregos diretos, dos quais 85% são formados por mão-de-obra local, sendo que 25% são mulheres.
César Borges disse ainda que a montadora, com capacidade de produção anual de 250 mil veículos, representou ainda um "salto qualitativo e quantitativo" da economia baiana. Entre 1997 e 2001, a economia local cresceu cerca de 6%, em termos acumulados. Com a implantação da Ford, entre 2002 e 2006, esse percentual saltou para 21%.
Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), disse César Borges, o Produto Interno Bruto (PIB) de Camaçari em 2002, um ano após a implantação da fábrica, foi de R$ 5,8 bilhões, e após quatro anos esse volume já atingia a marca de R$ 9,5 bilhões.
- Um crescimento espetacular. Uma média de 13% ao ano - afirmou.
César Borges destacou ainda que o aporte de renda na região resultou no aquecimento do comércio e no surgimento de novos empreendimentos como hotéis, pousadas, postos de gasolina, shoppings e instituições de ensino, além da atração, "por sinergia", de diversas empresas, principalmente fornecedores da cadeia automotiva.
02/03/2010
Agência Senado
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