Indicação de Roberto Tadeu para diretoria da CVM vai a Plenário
A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) aprovou a indicação de Roberto Tadeu Antunes Fernandes para o cargo de diretor da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), órgão oficial que disciplina, normatiza e fiscaliza o funcionamento desse setor. A votação foi concluída com 13 votos favoráveis e uma abstenção. A mensagem presidencial (MSF 03/12) com a indicação vai agora a Plenário.
Funcionário de carreira da CVM, onde ingressou por concurso há 35 anos, Roberto Fernandes contou aos senadores que, nesse período, teve oportunidade de testemunhar toda a evolução do mercado de capitais no país e o desenvolvimento da própria CVM.
- Vi o mercado deixar de ser doméstico e romper fronteiras, para se transformar num mercado de ambiente globalizado - assinalou.
Entre os avanços do período, citou as inovações e aperfeiçoamentos na legislação, com a edição da Lei das Sociedades Anônimas e da lei que rege o próprio mercado mobiliário, com a participação das Casas do Congresso.
- Foi possível perceber quão importante é para uma economia de mercado forte ter um órgão regulador que cumpra suas funções com a competência que a CVM vem exercendo - afirmou.
Em resposta ao senador Eduardo Suplicy (PT-SP), Roberto Tadeu disse que a CVM atua com um "olhar" para o conjunto do mercado: com foco nas companhias registradas e nas operações propriamente ditas. O objetivo seria antes de tudo proteger os investidores e acionistas minoritários, especialmente buscando assegurar acesso e qualidade das informações para suas decisões.
Roberto Tadeu informou que atuam no mercado mobiliário do país quase 700 companhias, metade das quais operando em bolsa (mercado aberto). A base de acionistas é formada por cerca de 3,5 milhões de investidores.
Trajetória
Roberto Tadeu ingressou na CVM por concurso público, no cargo de inspetor. Desde 2004, ele é responsável pela coordenação e supervisão das atividades executivas no órgão, na função de superintendente geral, conforme destacado no relatório sobre a indicação, produzido pelo senador Lindbergh Farias (PT-RJ).
O indicado já ocupou a Gerência de Fiscalização de Casos Especiais e, ainda, a Superintendência de Fiscalização Externa. Nesse posto, entre 1988 e 2001, foi responsável pela fiscalização direta dos participantes do mercado.
Bacharel em Direito e em Economia, ele é pós-graduado em Direito da Economia e da Empresa pela Fundação Getúlio Vargas.
Se aprovado pelo Plenário, ocupará uma das quatro diretorias da CVM, que ainda tem um presidente na sua linha de comando.
Para ver a íntegra do que foi discutido na comissão, clique aqui.
28/02/2012
Agência Senado
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