Investigações já levaram ao afastamento, demissão, cassação ou renúncia de 63
No curso das investigações da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Correios, 63 pessoas foram punidas com o afastamento, demissão ou cassação de seus cargos ou funções. Foram cassados os deputados Roberto Jefferson (ex-PTB-RJ), em 14 de setembro do ano passado, José Dirceu (PT-SP), em 30 de novembro, e Pedro Correia (PP-PE), em 15 de março último.
Sete deputados renunciaram, mas outros seis foram absolvidos em julgamentos no Plenário da Câmara. Cinco processos ainda estão em andamento. No caso do deputado João Herrmann Netto (PDT-SP), seu processo foi arquivado, o que levou o partido a levantar a suspensão de sua filiação, embora o relatório da CPI o dê como "suspenso" pelo PDT.
Nos Correios e Telégrafos, onde as investigações começaram, foram afastadas sete pessoas, entra as quais o então presidente da empresa, João Henrique de Almeida Souza, em junho do ano passado, e o então chefe do Departamento de Contratação, Maurício Marinho, em 14 de maio. Ele e outros dois afastados foram em seguida demitidos por justa causa.
No Banco do Brasil, foram afastadas seis pessoas, encabeçadas pelo diretor de Marketing, Henrique Pizzollatto, incluindo o diretor de Negócios e Relações com o Governo da Cobra, subsidiária do BB, Eduardo Armond.
No Ministério da Fazenda, foram afastados em julho e setembro de 2005, respectivamente, o então procurador da Fazenda Nacional e diretor do Conselho de Recursos do Sistema Financeiro, Glênio Guedes, e o chefe-de-gabinete do então ministro Antonio Palocci, Juscelino Antonio Dourado.
Em agosto do ano passado, foi afastado o secretário de Comunicação da Presidência da República, Luiz Gushiken, que ainda atua como assessor do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e um subsecretário.
Também foram atingidos pela CPI o presidente do Instituto de Resseguros do Brasil Luiz Appolonio Neto (afastado); opresidente da Eletronorte Roberto GarciaSalmeron (demitido); o diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) Mauro Marcelo Lima e Silva (afastado); o presidente da Casa da Moeda do Brasil Manoel Severino (afastado); e o diretor de Engenharia de Furnas Dimas Toledo (afastado).
No Partido dos Trabalhadores, o presidenteJosé Genoíno renunciou; o secretário-geral Sílvio Pereira foi afastado; e o tesoureiro Delúbio Soares foi expulso. Outros quatro dirigentes foram afastados. José Dirceu, antes de ser cassado, afastou-se da Casa Civil, e Luiz Gushiken perdeu o cargo de ministro da Comunicação e Gestão Estratégica, antes de ser afastado da Secretária de Comunicação Social.
29/03/2006
Agência Senado
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