Iris faz um desabafo e diz que PMDB não será sepultado



Em pronunciamento que qualificou como "desabafo de uma militante", a senadora Iris de Araújo (PMDB-GO) lamentou que seu partido não lance candidato próprio à Presidência da República. Ela solidarizou-se com o colega Pedro Simon (PMDB-RS) que, em pronunciamento na última terça-feira (13), manifestou seu desapontamento pelo mesmo motivo.

- Esse dilema de ter ou não candidato próprio à Presidência persegue o PMDB desde os primórdios da retomada das eleições diretas, depois da enorme mobilização para a derrubada da ditadura militar. Quando saiu com candidatura própria, o partido não obteve índices compatíveis com sua história e prestígio - disse a senadora, acrescentando que, ao longo de várias eleições, o PMDB foi se afastando de uma faixa própria e apoiando candidatos de outros partidos.

A senadora disse, no entanto, que, ao contrário de Simon, não acredita que o partido será "sepultado". Ela manifestou sua crença na militância para garantir a sobrevivência do PMDB, ressaltando que o partido tem caráter nacional, estando presente "do menor município à maior metrópole".

Iris recordou sua convivência com líderes do PMDB citados por Simon - Ulysses Guimarães e Tancredo Neves -, afirmando que "as vozes dos mortos fazem eco na militância aguerrida, que continua esperando por novas vozes que façam um levante concreto que viabilize a candidatura própria".

Em aparte, o senador Paulo Paim (PT-RS) elogiou o discurso de Íris e sua militância pelas causas sociais e populares, no que foi secundado pelo senador Romeu Tuma (PFL-SP), que presidia os trabalhos da Mesa naquele momento.

14/06/2006

Agência Senado


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