Íris Rezende pede "um golpe" nos paraísos fiscais
- Os países ricos deveriam entender que existem criaturas revoltadas em praticamente todas as nações pobres que não dão muito valor à vida. Para essas pessoas, a morte será um descanso. São criaturas revoltadas com as injustiças sociais e é desse meio que saem terroristas hoje procurados - opinou.
Os paraísos fiscais, conforme Íris Rezende, representam a pior face de um mundo onde "a elite não dá a menor importância se no país vizinho, ou em seu próprio país, existem pessoas morrendo de fome". Ele considerou alentador que já existam vozes se levantando em todo o mundo contra os paraísos fiscais.
O senador observou que o mundo inteiro irá aplaudir os países ricos se eles aproveitarem o momento atual e "derem um golpe final nos paraísos fiscais". Afirmou que, além disso, agindo assim esses países estarão cortando algumas das fontes que financiam o terrorismo internacional. Para ele, a humanidade considera inadmissível que existam países que "mudam suas leis em 24 horas" para atrair capitais, não interessando a origem do dinheiro.
- A revolta de milhões de injustiçados de todo o mundo vem não apenas do estado de abandono em que se encontram. As pessoas também são revoltadas porque as elites não lhes dão a menor chance de melhorar de vida, de ter uma sobrevivência com dignidade. Num mundo assim, a existência de paraísos fiscais é uma coisa que beira a imoralidade - acrescentou Íris Rezende.
15/10/2001
Agência Senado
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