Ivo Cassol: protestos deixam classe política 'de orelha em pé'
Em pronunciamento nesta terça-feira (18), o senador Ivo Cassol (PP-RO) disse que a classe política está “de orelha em pé” com os protestos dos últimos dias, que em sua avaliação poderiam ter sido evitados se as autoridades e administradores públicos não tivessem “pagado para ver”.
Cassol ressaltou que os protestos não são encabeçados por partidos políticos, mas pelo anseio dos jovens, que foram às ruas denunciar a situação que vivem. Ele elogiou as manifestações, que classificou de “ato cívico de pessoas honradas e sérias", mas criticou excessos cometidos pelo que classificou de grupos infiltrados.
Ivo Cassol disse que o governo tem que acabar “com a farra de incentivos [fiscais] para a compra de carros” e repassar esses incentivos para a melhoria do transporte coletivo urbano. O senador disse não entender a variação nos preços das passagens de ônibus nos estados se os veículos utilizados e os impostos pagos são os mesmos.
- O transporte público é porcaria, é precário, não tem investimento, é superlotado. Vivemos no país que mais arrecada imposto e que menos aplica na infraestrutura para facilitar a vida de todas as pessoas – afirmou.
O senador ressaltou que as manifestações em curso não estão relacionadas apenas ao transporte público e pediu aos responsáveis pelos protestos que incluam no debate a redução da maioridade penal.
No pronunciamento, Cassol também saudou a passagem do Dia do Evangélico, comemorado nesta terça em Rondônia. Ele disse que os evangélicos estão orando pela classe política e pelas manifestações que ocorrem no país.
18/06/2013
Agência Senado
Artigos Relacionados
Protestos populares atingem a classe política, diz Pedro Taques
Sadi Cassol destaca o crescimento da classe média
Sadi Cassol anuncia projeto que proibirá concurso com salário menor que o piso da classe
Protestos mostram necessidade de reforma política, diz Rollemberg
Raimundo Colombo lembra desgaste da classe política
Cristovam: classe política é "uma fábrica" de regimes autoritários