Jader Barbalho nega envolvimento com venda de TDAs emitidos de forma fraudulenta



O presidente do Senado Jader Barbalho considerou leviana matéria publicada pela revista IstoÉ neste final de semana, envolvendo o senador com a venda de Títulos da Dívida Agrária (TDAs) emitidos de forma fraudulenta. Ele negou qualquer envolvimento no caso e lembrou que o inquérito instaurado em 1992 para apurar o episódio foi concluído sem que o seu nome tenha sido citado em qualquer momento.

A denúncia da IstoÉ foi baseada na gravação de conversa telefônica entre o subprocurador-geral da República aposentado, Gildo Ferraz, o banqueiro Serafim Rodrigues de Moraes e sua atual mulher, Vera Arantes Campos (ex-corretora da Bolsa de Valores de São Paulo). O casal teria contado a Ferraz como pagou US$ 4 milhões na compra de TDAs ao empresário Vicente de Paula Pedrosa da Silva. Segundo a revista, Vera teria visto cheque utilizado para fechar o negócio ser entregue a Jader.

Outra matéria, publicada pelo Jornal do Brasil no domingo passado, também foi citada por Jader Barbalho. Segundo a reportagem, o próprio Gildo Ferraz negou ao procurador da República Luiz Augusto Santos Lima a gravação do telefonema divulgado pela IstoÉ. Segundo o procurador, Serafim Rodrigues também negou que tenha citado o nome de Jader como receptor do cheque correspondente a US$ 4 milhões.

Considerando que a matéria publicada pela IstoÉ é uma represália, uma chantagem de Gildo Ferraz, Jader Barbalho informou que o procurador aposentado é advogado de uma causa no Fórum de Belém em que tenta provar que sua representada é filha do ex-proprietário da rede de televisão que hoje pertence à família do presidente do Senado. "Este advogado forçou por todos os meios que fizéssemos uma composição com vistas a que ele eliminasse a investigação de paternidade e nós pagássemos uma quantia elevada para encerrar o assunto", afirmou. Como a proposta foi rejeitada, Jader acredita que o telefonema foi montado como uma forma de represália.

Jader Barbalho registrou que a própria desapropriação da Fazenda Paraíso, de propriedade de Vicente Pedrosa, foi iniciada e finalizada em períodos nos quais ele não era o ministro da Reforma Agrária. "Me limitei a encaminhar ao presidente da República o decreto que a declarou de interesse para a reforma agrária. O assunto já vinha tramitando em gestões anteriores e só foi concluído depois", informou.



11/06/2001

Agência Senado


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