Jaques Wagner e Tarso Genro discordam de julgamentos feitos por Serraglio
Na sexta-feira (31), dia em que deixou a pasta das Relações Institucionais para concorrer ao governo da Bahia, o ministro Jaques Wagner visitou o presidente do Senado, Renan Calheiros, para agradecer a boa convivência cultivada ao longo de sua permanência no cargo. Junto com ele, estava Tarso Genro, que assume segunda-feira (3) a Secretaria de Relações Institucionais. Ambos discordaram de julgamentos contidos no relatório do deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR) sobre as investigações realizadas pela Comissão Parlamentar Mista de Inquérito dos Correios.
Ao deixar o gabinete da presidência, Jaques Wagner e Tarso Genro falaram sobre o relatório. Disseram que respeitam o documento apresentado pelo deputado Osmar Serraglio, mas que discordam de julgamentos amparados em ilações e suposições.
- Como existem muitos elementos de destaque no relatório, a bancada do governo preferiu fazer um relatório paralelo. O que acho importante é que o texto relate o que as investigações efetivamente mostraram. Suposições e ilações não são próprias para um relatório de CPI - disse Wagner.
Já Tarso Genro, antecipando seu estilo como novo coordenador político, disse que a bancada de sustentação do governo no Congresso tem autonomia e esta deve ser exercida de maneira plena. Indagado se essa bancada vai tentar derrubar o relatório de Osmar Serraglio, respondeu que não tem conhecimento de nenhum trabalho nesse sentido.
- O que sei é que a bancada está fazendo um trabalho correto, eventualmente propondo um relatório paralelo. Isso não tira o valor do relatório de Osmar Serraglio, mas agrega mais elementos para que o Ministério Público possa agir a partir daí - ressaltou o futuro ministro.
31/03/2006
Agência Senado
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