Antonio Carlos Júnior diz que contas de Jaques Wagner foram rejeitadas pelo relator no Tribunal de Contas do Estado



O senador Antonio Carlos Junior (DEM-BA) informou ao Plenário que, pela primeira vez na história, um conselheiro do Tribunal de Contas do Estado votou pela desaprovação das contas do Poder Executivo. De acordo com o parlamentar, o conselheiro Pedro Lino apontou "uma série de irregularidades, desde o descumprimento das Leis de Responsabilidade Fiscal e de Diretrizes Orçamentárias até a existência de crime previsto no Código Penal".

O representante baiano no Senado afirmou que, segundo o relatório, o superávit de R$ 1 bilhão divulgado pelo governo baiano no final do ano passado escondia, na verdade, um déficit de R$ 370 milhões. O relatório, informou o senador, denuncia ainda um esquema de corrupção na Polícia Militar e o descumprimento de todas as metas do Plano Plurianual. O voto de Pedro Lino ainda será apreciado pelo colegiado do Tribunal.

O senador relatou "os graves problemas que a Bahia vem enfrentando, a maioria deles resultado da má administração que faz o governador Jaques Wagner". Informou que mais de 50 pessoas já morreram vítimas da dengue, que atingiu 380 dos 417 municípios baianos. Ao todo, foram quase 86 mil casos da doença registrados até maio. Outras 250 pessoas morreram por falta de vagas nos hospitais públicos.

Antonio Carlos Junior afirmou que 135 cidades baianas se encontram sem delegado de polícia e ainda assim o governador se recusa a nomear os delegados aprovados em concurso. Na capital do estado, traficantes obrigam comerciantes a fechar suas lojas. Na educação, a cidade tem cinco escolas entre as 20 piores do país, na avaliação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

CPI da Petrobras

O senador também criticou o governo federal por tentar impedir de todas as formas o início dos trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que vai investigar a Petrobras. Ele criticou também a empresa por ter criado uma página na internet com a intenção de "gerar contra-informação face ao que tem sido divulgado, sem apresentar fatos ou dados que esclareçam o contencioso que não pára de aumentar".

Criticou ainda a página da empresa no site de relacionamentos Twitter, que, segundo ele, traz "links para perfis com apologia da candidatura da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff". Para Antonio Carlos Junior, a empresa, com isso, acrescenta mais uma irregularidade à lista a ser investigada, que é a de crime eleitoral.



09/06/2009

Agência Senado


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