Jarbas comemora conflito na oposição







Jarbas comemora conflito na oposição
Governador diz que "é bom que eles continuem assim: divididos e confusos"

O governador Jarbas Vasconcelos (PMDB) deixou claro, ontem, que está assistindo de camarote a confusão dos adversários e está feliz da vida com as farpas trocadas publicamente pelos quadros majoritários da oposição, que não se entendem quando o assunto é a formação de um ou mais palanques para enfrentar a aliança PMDB/PFL/PSDB/ PPB no Estado. Perguntado a respeito, Jarbas afirmou: "É bom para a gente. É bom que eles continuem assim: divididos e confusos".

A confusão começou na oposição, quando o pré-candidato a governador do PT, o secretário de Saúde do Recife, Humberto Costa, disse que a melhor estratégia para ganhar de Jarbas seria a construção de três palanques, sendo um encabeçado pelo PT, para garantir votos da Região Metropolitana; outro pelo PSB, para o deputado federal Eduardo Campos assegurar votos no interior; e outro pelo PDT, com o deputado estadual José Queiroz dando um reforço no Agreste, principalmente Caruaru, sua base eleitoral.Campos, Queiroz e o prefeito do Cabo, Elias Gomes, presidente doPPS, além do senador Roberto Freire reagiram à tese, dizendo que trata-se de uma avaliação apenas eleitoral do processo, que inclusive pode prejudicar a eleição dos senadores da esquerda, pela grande quantidade de candidatos que estariam concorrendo.

Hoje pela manhã, o governador receberá, no Palácio do Campo das Princesas, o líder do PFL na Câmara dos Deputados, Inocêncio Oliveira. Ontem, após visitar as salas de aula instaladas na estação Tejipió do metrô do Recife, o governador reiterou não ter combinado nenhuma conversa sobre sucessão presidencial com ele. Inocêncio disse nos últimos dias que pedirá ao governador para respeitar o voto do PFL à presidenciável Roseana Sarney, "porque ela é a melhor e vai ganhar em Pernambuco".


Costa vincula obras ao PT
Secretário assume campanha em ato da PCR

O secretário de Saúde do Recife e pré-candidato ao Governo do Estado, Humberto Costa (PT), assumiu publicamente o discurso de campanha. Ontem, na reinauguração da Maternidade Bandeira Filho, em Afogados, ele deu mais um passo para consolidar seu projeto político. O petista fez questão de lembrar, em discurso, que a reabertura do serviço era um momento importante da atual administração e que só foi possível porque o povo teve coragem de optar pela mudança, votando no PT. Humberto assumiu com mais ênfase a postura de candidato esta semana através da propaganda política gratuita exibida na TV.

Em seu discurso, Humberto lembrou que a disponibilização do serviço em Afogados era mais um passo de uma longa caminhada que a PCR e a população terão pela frente. "As pessoas estão excluídas de ter acesso à saúde, educação, de ter uma vida digna. Em termos de Saúde e de outros serviços, o Recife será um exemplo para a sociedade brasileira", afirmou.

O pré-candidato do PT aproveitou a ocasião para reforçar a imagem daadministração petista. "Essa obra se iniciou na gestão anterior (Roberto Magalhães), mas ficou parada por dois anos. O bloco cirúrgico foi inaugurado na época sem nunca ter sido utilizado e ficou sem condições de uso. Parte da obra que não estava prevista no projeto nós inserimos. Além dos 30 leitos, faremos mais 24 até o final do ano", prometeu.

O secretário direcionou seu discurso para o público feminino. A exemplo da governadora do Maranhão, Roseana Sarney (PFL), que vem conquistando o eleitor feminino, Humberto procurou mostrar que o PT dará uma atenção especial à mulher. "Ao assumirmos a gestão, colocamos a saúde como uma área que a PCR trabalharia de forma mais intensa. Tratamos a questão da mulher como prioridade. Aqui é onde se morre mais mulher no País. O planejamento familiar não existe e a violência contra elas é um problema de saúde pública", criticou.


Ex-prefeito multado em R$ 500 mil
O ex-prefeito de Ouricuri, Horácio de Melo Sobrinho (PSB), foi obrigado a devolver R$ 536,6 mil (ou 504,3 mil Ufirs) aos cofres do município, localizado a 630 quilômetros do Recife. A condenação, ocorrida no dia 30 de janeiro último, partiu do Tribunal de Contas do Estado (TCE), e é resultado de apuração de denúncias de mau uso do dinheiro público. Segundo as denúncias, Sobrinho contratou empresas formadas por sócios-laranja para prestar serviço à Prefeitura, caracterizando, conforme o TCE, má aplicação de recursos municipais.

A decisão ainda não foi publicada no Diário Oficial. A partir dela, o ex-prefeito, que governou Ouricuri entre 1997 e 2000, tem 15 dias para recorrer ao próprio TCE apresentando justificativas. O Tribunal pode abrir novo processo para apreciar os contra-argumentos. Caso, contrário (se não houver recurso), Sobrinho deve fazer o ressarcimento em 30 dias.

De acordo com informações do Diário Oficial, ficou constatada a realização de licitações irregulares. Concluiu-se ainda que as empresas que participavam das concorrências eram laranjas e emitiam notas frias e superfaturadas. As denúncias acatadas pelo TCE foram feitas há dois anos pelo economista e empresário Antônio Gilson Evangelis Freire. Eleitor de Ouricuri, Freire conta que não tem envolvimento político-partidário de natureza alguma. "Não sou filiado a nenhum partido", garante.

As empresas em que foram encontradas irregularidas apontadas nas queixas feitas ao Tribunal são Construtora Sertão Ltda., Construtora Lucas Ltda., Jares Ribeiro da Silva Ouricuri ME, José de Souza Ferraz Ouricuri ME, Paulo César Batista de Macedo Ouricuri ME, R. J. Teixeira da Silva ME e M. Cordeiro da Luz ME.

A reportagem tentou falar com o ex-prefeito, mas não conseguiu. Foram mantidos contatos com sua filha, identificada por Gildene. Ela ficou de localizá-lo, mas até o fechamento desta edição não deu retorno.


PCR publica novo edital para o lixo
O novo edital de licitação para a contratação da empresa (ou empresas) que prestará serviços de limpeza urbana ao Recife será publicado no próximo dia 19. Com isso, a PCR retoma o processo que já foi interrompido duas vezes com a revogação de dois editais - um lançado em agosto e outro em dezembro. Até agora 11 empresas já depositaram a caução para participar da concorrência. A caução é a garantia que a empresa tem possibilidades financeiras de prestar o serviço. Segundo o novo cronograma, o processo deve ser concluído apenas em junho, quando, no dia 28, inicia-se a execução do contrato com a empresa vencedora. O contrato é de R$ 193 milhões e tem validade de cinco anos.

As anulações dos editais iniciais - uma provocada pela falta de audiência pública e outra por um questionamento da Justiça de autoria de uma das candidatas à licitação (D&M Ltda) - estão levando o Recife a ter o serviço de limpeza urbana executado através de contratos provisórios. As empresas que cuidavam da limpeza na gestão anterior, Andrade Guedes, Kael e Enterpa, permanecem respondendo pela atividade desde o início da administração do prefeito João Paulo (PT). Segundo informações da PCR tais contratos continuarão a ser renovados até que o processo licitação seja encerrado. Há que se ressaltar que as três empresas estão na disputa pelo contrato definitivo.


Artigos

Baby Rosa Borges
Reinaldo de Oliveira

Foi-se o último dos Rosa Borges. Dos descendentes de Alfredo Bartholomeu da Rosa Borges, um dos fundadores do Clube Internacional do Recife e seu presidente durante doze períodos consecutivos. Baby era o mais moço dos irmãos de minha mãe, Diná, e o mais próximo de mim, como seu sobrinho mais velho. Assim mesmo, 15 anos nos separavam no tempo.

Quando ele ultrapassou os 20 já começava a des pontar como o maior atleta de Pernambuco. Eu me orgulhava, dentro de minha meninice, esperando sair dela para imitá-lo. Pura ilusão. Persegui-o como pude e na primeira vez que consegui derrotá-lo numa partida de tênis, não dormi. Fiz que tinha sido coisa natural, porém, lá dentro, estava em ebulição. Não pela derrota que lhe impusera mas, pela minha auto-afirmação. E Baby continuava a ser um dos nossos maiores atletas de basquete, de vôlei, de remo, de tênis, de futebol. Na recém inaugurada piscina do Clube Português era um craque em saltos ornamentais. A assistência ficava de olhos fixos, aguardando o momento de aplaudi-lo. Elegante e preciso. Ali mesmo era um dos ases do watter-polo, esporte que jamais vingou em Pernambuco. Porém não era em nenhuma dessas modalidades que Baby haveria de se consagrar o maior atleta de todos os tempos, no Recife. Seria no atletismo. Eu o acompanhava em suas exibições nos torneios que se realizavam no estádio da Brigada Militar, no Derby. Foi campeão pernambucano de salto com vara, salto em altura, salto em distância, corridas, lançamento de disco e lançamento de dardo. Os jornais estampavam fotos de corpo inteiro, de 4 colunas por 30, sempre envergando a camiseta alvirrubra, sendo o Náutico seu clube de coração. O pavilhão encarnado e branco haveria de cobrir seu esquife, até o momento de seu sepultamento.

Baby era um galã. Um homem bonito. Um macho exemplar. Não era um conquistador, porém um permanente cobiçado. Nas tardes de domingo, no footing da praça do Derby, se destacava entre os amigos, mesmo sendo do porte de um Rômulo Valença, de um Paulo Bittencourt ou de um Gustavo Eirado. E os olhos das moças da sociedade recifense, que desfilavam nas calçadas da praça, arriscavam fixar-se nos dele, em conversa com um Julinho Duarte em sua moto Harley-Davidson ou no Buick de José Alberto Gueiros. Não foram os olhos de nenhuma delas que o fascinaram, mas os de Geninha Sá, que, aos poucos, o puxou para si, tal qual manejasse um molinete que fisgara um maravilhoso peixe. Ele deixou-se arrastar e daí resultaram os quatro filhos: Veramaria, Anamaria, Otávio e Breno. No afã de acompanhá-la ingressou no Teatro de Amadores de Pernambuco dirigido por seu cunhado Valdemar de Oliveira, casado com a irmã Diná. Ali se constituiu num de seus principais elementos, destacado sempre nas temporadas do TAP pelo Rio, São Paulo, Porto Alegre, Salvador, Brasília e demais capitais visitadas. O Stanton, de "Esquina Perigosa", de Priestley, o Tarleton de "Pais e Filhos", de Bernard Shaw, o Mr. Birling de "Está lá fora um Inspetor", de Priestley, foram algumas de suas passagens pelo palco.Além de tudo era um expoente administrativo na vida do TAP, um dos braços de Valdemar de Oliveira.

Foi formado em Ciências Econômicas tendo passagem importante pela Sanbra (Sociedade Algodoeira do Nordeste Brasileiro), pela CNI (Companhia Nordeste de Industrialização), pela Cooperativa de Caroá e, finalmente, na firma da família Rosa Borges, Propriedade Marinho, das terras de Casa Amarela. Teve estada efêmera, na Good Year, em São Paulo, porém logo voltou que Pernambuco o chamava. Dirigiu, durante sucessivas gestões, a FPDA (Federação Pernambucana de Desportes Amadores). Não me constou ter deixado inimigo. Espírito permanentemente alegre, brincalhão, espirituoso, era capaz de convencer a todos da existência de uma flor de nome valpúrnia para ganhar uma partida de jogos de palavrinha em que se era obrigado a citar uma começada pela letra V. Sei que, até hoje, não existe valpúrnia, mas a descrição que ele fez, com os mínimos detalhes de sépalas, pétalas, estames, perfume, coloração, tentando justificar-se, medeixam, ainda, em dúvida. Além do mais, o nome que inventou, valpúrnia, só pode ser de flor.

Se sua mocidade foi de alegrias, sua velhice, o obrigou a uma reclusão que o tirou da sociedade. Três infartes (o último fatal), um aneurisma de aorta com transplante realizado em Houston, fraturas em ambos os fêmures e uma insuficiência cardíaca que Rostand Paraíso conseguia controlar, não o ajudaram a transpor a faixa dos 85 anos. Um acidente tirou-lhe, praticamente a visão, e ele não resistiu ao impacto da perda da integridade de seu físico. Nas paredes de seu quarto as fotografias de suas vitórias, os lauréis, as medalhas, as distinções procuravam ampará-lo em seus momentos de desânimo. Morreu sem sofrer, como queria, sedado. Talvez ainda nem saiba que se foi, envolto num mundo de flores.

Souberam os que aqui ficaram, num mundo de dores. Geninha, os filhos, os netos e bisnetos, os amigos, o Teatro de Amadores, o Recife.

Este foi o seu último papel. Leve a nossa lágrima.


Colunistas

DIARIO Político

Tucanos são confusos
Os tucanos sempre tiveram fama de viver em cima do muro, ou seja, ficaram conhecidos como aqueles políticos que não dizem nem sim nem não, muito pelo contrário, e vão levando a vida assim, com muito jeito, um cuidado extremo para não pousar no lugar errado. Talvez seja por isso que o pré-candidato do partido à Presidência da República, José Serra, esteja tão atrasado nos preparativos dessa fase preliminar da corrida presidencial, o tempo todo a reboque dos seus adversários. A começar pelo quesito divulgação, para não dizer propaganda eleitoral antecipada. Surpreendido pela performance de Roseana Sarney (PFL-MA), o PSDB parece que ficou tão atordoado que está querendo para Serra o marqueteiro baiano Nizan Guanaes, responsável pelos programas de TV do PFL, e colocaram até o presidente FHC na jogada para convencê-lo a trocar de palanque. Nem assim conseguiram resolver essa questão, que todos sabem ser de grande importância nesse momento. Aí Raul Jungmann decidiu que também queria ser pré-candidato a presidentepelo PMDB e convidou a ex-juíza carioca, Denise Frossard, para fazer a proposta de segurança do seu programa de governo. Passou uma semana e Serra anunciou, ontem, que será Denise Frossard quem vai tratar dessa mesma questão para ele, como se seus concorrentes tivessem mais iniciativa do que ele. De quebra, sua assessoria informou que ele vai conversar com Itamar Franco (PMDB), governador de Minas Gerais, com quem já trocaram idéias seus adversários. Claro que nenhum dos fatos relacionados desabonam o candidato José Serra, nada disso. Apenas mostram como os tucanos são confusos. Até quando já desceram do muro.

Inocêncio Oliveira (PFL-PE) tem audiência com Jarbas Vasconcelos, hoje, às 15h. O líder do PFL na Câmara dos Deputados deve dizer que Roseana Sarney vai ganhar em Pernambuco mesmo sabendo que o governador prefere o presidenciável José Serra (PSDB-SP)

Retorno A Câmara dos Vereadores do Recife só volta a funcionar no próximo dia 15 e mesmo assim à tarde. Isso mesmo! Os nossos parlamentares municipais prometem voltar ao trabalho logo na primeira sexta-feira após o Carnaval. Diante do espírito folião de alguns deles, fica difícil acredita em Casa cheia.

Aviso Roberto Magalhães, do PSDB, avisa a quem interessar possa:" Ninguém tem o direito de duvidar da minha lealdade ao candidato a presidente do meu partido, José Serra. Mas por isso ninguém também tem o direito de querer que eu fale mal de Roseane Sarney (PFL-MA)".

Campanha No bloco A turma da Jaqueira segurando o talo, que desfilou sábado, em Apipucos, os trios elétricos que animavam os foliões exibiam propaganda eleitoral de Carlos Eduardo Pereira Cadoca (PMDB) e Otto Glasner (PSDB). Carnaval em ano eleitoral é mesmo um achado para os políticos.

Energia Marco Maciel defendeu a utilização da energia nuclear durante o seminário Energia para crescer, organizado pelo Instituto Tancredo Neves, no Rio de Janeiro, porque o Brasil precisa diversificar sua matriz energética. O vice-presidente ressaltou que essa é uma posição pessoal sua, não do governo.


Confusão Raul Jungmann nega ter sido barrado no Baile Municipal do Recife porque s eus seguranças estavam sem ingressos. O ministro do Desenvolvimento Agrário e presidenciável do PMDB diz que desistiu da festa porque a entrada do Classic Hall estava tumultuada e ele teria que esperar muito.

Ética 1 Duas alterações propostas pelo deputado Augusto Coutinho,do PFL , relator do projeto que cria o Código e a Comissão de Ética da Assembléia Legislativa, devem provocar uma grande polêmica.

Ética 2 Porque uma reduz a imunidade parlamentar, ao dispensar a prévia licença do Legislativo para processar os deputados, e a outra invalida a renúncia a partir do momento que a denúncia começar a ser apurada pela Comissão.

Posse Ricardo Varjal tomou posse pela segunda vez, ontem, na chefia de gabinete de Fernando Rodovalho. Varjal também já comandou as secretarias de Governo e Administração nas mil e uma reformas do secretariado promovido pelo prefeito de Jaboatão dos Guararapes em pouco mais de um ano.


Editorial

Proposta belicista

Não se pode acolher como configuração de um compromisso a declaração do secretário de Estado, Colin Powell, de que os Estados Unidos fariam investimentos pesados para combater a pobreza no Mundo. No mesmo dia em que a fala do representante norte-americano ecoou no Fórum Econômico Mundial, em Nova York, o presidente George W.Bush enviava ao Congresso, para vigência em 2003, o maior orçamento militar pós-guerra fria. Para privilegiar os gastos com o aparelho de guerra, foi necessário cortar receitas destinadas à assistência aos idosos, à preservação do meio ambiente, à pesquisa e aos transportes.

Se, para cobrir o aumento com os encargos na área bélica, a Casa Branca reduziu investimentos em setores críticos, sem excluir sequer a velhice desamparada, seria rematada tolice acreditar que executaria programas de ajuda às nações carentes. Não é, porém, a hipocrisia da política assistencial admitida no Fórum o que mais se revela no projeto orçamentário de Bush. A peça contempla proposta belicista situada em perspectiva delirante.

Tende a aumentar a tensão mundial. Eleva ao extremo o receio de que novas frentes de guerra serão abertas. Torna problemático o esforço universal em busca da estabilidade econômica, cuja conquista depende de clima isento de eletricidade política. Não há outras expectativas diante de orçamento militar que, fundado em recursos da ordem de US$ 379 bilhões este ano, cresceu nada menos de US$ 48 bilhões.

Não há dúvida de que se desenha no horizonte panorama de apreensões. O próprio Bush não faz reserva quanto aos objetivos dos Estados Unidos."É um plano para enfrentar uma guerra que não buscamos, mas uma guerra que estamos determinados a vencer", advertiu. Com certeza, o presidente inclui aí guerra futura, ou guerras, porque a atual, contra o Afeganistão, já foi vencida.

Cabe, também, deplorar a decisão do presidente de elevar em 12,5% a ajuda militar a alguns países ditos aliados. Paquistão, Israel e Índia figuram como principais beneficiários da agenda solidária. São três nações no controle de gigantescos paióis, equipadas até com arsenais nucleares. Fortalecê-las com acesso a novos engenhos de destruição é, no mínimo, aumentar a insegurança no Oriente Médio e na Ásia Menor.

Não se pense que o orçamento de Bush pode significar apenas forma de intimidação. No Brasil, a lei orçamentária tem caráter autorizativo. Não é imperativo legal executá-la na totalidade. Nos Estados Unidos, trata-se de verdadeiro programa de governo, que deve ser implementado. É possível, todavia, que o Senado e a Câmara de Representantes reduzam as intenções belicosas da Casa Branca. Pelo menos, é o que recomenda o bom senso.


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02/06/2002


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