Jayme Campos defende reforma política e fidelidade partidária



O senador Jayme Campos (PFL-MT), em discurso no Plenário nesta sexta-feira (16), defendeu a realização de uma reforma política que inclua as questões da fidelidade partidária, do voto distrital e do financiamento público de campanha. O parlamentar disse que a troca indiscriminada de partido, praticada por alguns parlamentares, quebra o contrato firmado entre o eleitor e seu representante.

- Venho renovar a minha convicção de que uma reforma política se impõe como tema urgente e inadiável. E um dos pontos mais duros dessa revisão deverá ser o capítulo referente à fidelidade partidária. Não me refiro à fidelidade canina, mas sim ao compromisso político, ao sagrado pacto firmado com a população no fogo eleitoral - disse.

Jayme Campos criticou a tentativa de construção de maiorias artificiais por meio da cooptação dos políticos e lembrou de episódios que considera lamentáveis de corrupção, como o mensalão. Condenou, ainda, a "avalanche" de vereadores, prefeitos e deputados que trocaram de partido a partir da troca de sigla do governador de Mato Grosso, Blairo Maggi. Mostrou também preocupação com noticiário da imprensa que, conforme relatou, denuncia "inquietantes rumores de migração suspeita de parlamentares". Para o senador, essa é mais uma ameaça à base da estrutura democrática participativa que, conforme lembrou, não se assenta na classe dirigente, mas sim na força e na mobilidade do eleitor.

- Sem a adesão popular, o que conseguiremos, no máximo, será uma democracia de fachada. E sem partidos fortes e respeitados, o que teremos será um marco programático quebradiço - destacou.

Em aparte, o senador Edison Lobão (PFL-MA) lembrou que o projeto de reforma política aprovado no Senado e enviado à Câmara está com sua tramitação paralisada. Lobão fez um apelo ao presidente daquela Casa, deputado Arlindo Chinaglia, para que analise o trabalho elaborado pelo Senado.

Jayme Campos disse acreditar que, com a aprovação do projeto enviado à Câmara, será possível obter solidez dos partidos e uma situação nova para a consolidação do regime democrático. O parlamentar pediu que a reforma política saia das gavetas

- Assim poderemos praticar o nosso exercício de cidadania, o que a maioria do povo espera de nós, votando com consciência e esperando que os seus legítimos representantes, aqueles a quem a sociedade de cada estado deu essa procuração, possam honrar não vendendo, não negociando, às vezes, a troco de bagatela e de interesses pessoais e com isso decepcionando, com certeza, aqueles que lhes confiaram o seu voto - afirmou.



16/03/2007

Agência Senado


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