JEFFERSON: OPOSIÇÃO DEFENDE A DIGNIDADE DO SENADO



Ao registrar seu crescente desencanto com decisões tomadas pelos senadores, Jefferson Peres (PDT-AM) disse que "este dia vai ficar, infelizmente, na história do Senado, como o dia em que considerou de reputação ilibada uma senhora de reputação manchada", referindo-se à indicação de Tereza Grossi para a Diretoria de Fiscalização do Banco Central. O desabafo de Peres foi feito em plenário, durante o encaminhamento de votação da mensagem do presidente da República indicando a funcionária do BC para o cargo.Dirigindo-se ao presidente da Casa, Antonio Carlos Magalhães, o senador afirmou que a votação levará por água abaixo todo o seu esforço para defender o prestígio do Senado. Jefferson disse que a oposição "não tem o monopólio da dignidade", mas observou que, "nesse momento, é a oposição que defende a dignidade do Senado". Geraldo Cândido (PT-RJ), por sua vez, observou que, quando a imprensa critica e o povo fala mal do Congresso, é exatamente por "atitudes precipitadas e desastrosas" como a de aprovar o nome de Tereza Grossi. Ao perder sua autonomia frente ao Poder Executivo, continuou, o Legislativo estaria denegrindo sua própria imagem.Sebastião Rocha (PDT-AP) procurou explicar o fato de a maioria dos senadores que se manifestaram terem sido da oposição. "Quando a bancada governista emudece é porque faltam argumentos", disse. Para o senador, assim como Senado não poderia condenar Tereza Grossi, tarefa que cabe à Justiça, também não deveria inocentá-la. A aprovação do nome indicado pelo presidente da República seria, na sua opinião, "estratégia maquiavélica para destruir a imagem do Senado e desmoralizar a CPI do Sistema Financeiro".

28/03/2000

Agência Senado


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