JEFFERSON PÉRES ELOGIA DECISÃO DA CCJ SOBRE CPI DOS PRECATÓRIOS



O senador Jefferson Péres (PSDB-AM) elogiou hoje (dia 15) a decisão adotada pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do Senado (CCJ) que reconheceu a validade do relatório do senador Roberto Requião (PMDB-PR) sobre as investigações da CPI dos Precatórios.

- Em boa hora, a CCJ reconheceu esse relatório como válido, considerando como manifestações pessoais os votos em separado que faziam reparos a esse trabalho - assinalou. Na opinião, a decisão da Comissão de Justiça resgata a imagem da Casa, livrando os senadores de constrangimentos junto à sociedade.

Jefferson Péres disse que é necessário o Legislativo repetir exemplos como esse, e lamentou que os "maus exemplos sejam mais frequentes", ao referir-se à rejeição, pela CCJ, de emenda de sua autoria à reforma da Previdência Social.

Conforme o senador, a emenda destinava-se a excluir os parlamentares do direito de acumular subsídio e proventos de aposentadoria. Ele vê o risco de o plenário manter essa decisão e converter em lei mais um "privilégio" para os parlamentares. "Aprovada essa lei, nenhum servidor público, à exceção dos parlamentares, poderá acumular proventos de aposentadoria com vencimentos. E isso significa legislar em causa própria", salientou.

Jefferson Péres disse, ainda,que pouco se incomoda quanto à possibilidade de suas posições granjearem antipatias, assinalando que não partilha da idéia de que os parlamentares ganham pouco. "Essa choradeira é um insulto a milhões de brasileiros", frisou o senador, acrescentando que os legisladores se esquecem de mencionar que ganham mais três vencimentos por ano. Ele sustentou que essa cifra é suficiente para a sobrevivência de todos, desde que o parlamentar viva nos limites dos próprios ganhos.

- A vida pública impõe sacrifícios também e os nossos não são tão grandes. Além de não ganharmos tão pouco, não se computa os ganhos indiretos. E perante tantos milhões de brasileiros, como é que um senador ou deputado pode alegar que não é capaz de viver com o que ganha? Então que não se candidate, ou renuncie - acentuou.

BARGANHA

Jefferson Péres mencionou, também, a denúncia publicada nos jornais sobre os dois deputados do Acre "envolvidos em barganhas indecorosas em torno da remuneração que estava sendo dividida entre titular e suplente". Lembrou que há também acusações de que o deputado Chico Brígido estaria obrigando os servidores do gabinete a lhe repassarem parte dos vencimentos.

- Oxalá, a Câmara conclua pela cassação de ambos, mas o pior é que se boateja que esses não são fatos isolados. A verba de gabinete na Câmara teria sido elevada de R$ 10 mil para R$ 20 mil, e seria bom que aquela Casa estendesse suas investigações a todos os deputados - disse ele.



15/08/1997

Agência Senado


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