Jereissati volta a alertar para possível reeleição de deputados corruptos
O senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) voltou a afirmar, nesta quarta-feira (2) em Plenário, que os deputados federais acusados de envolvimento com o chamado "mensalão" e a "máfia das ambulâncias" estão entre os candidatos com mais chances de serem reeleitos para a Câmara dos Deputados nas próximas eleições. Na interpretação do senador, esse quadro está presente principalmente nos estados do Norte e Nordeste do país.
Dirigindo a palavra diretamente ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o senador disse que "mensaleiros e sanguessugas" estão entre os candidatos mais cotados para vencerem as eleições legislativas no Ceará. Jereissati afirmou que, por diversas vezes, a imprensa já publicou "provas da participação" de José Airton Cirilo (candidato a deputado federal do PT do Ceará) no esquema da "máfia dos sanguessugas".
O senador também fez referência a outro candidato petista no Ceará, José Guimarães, como envolvido em casos de corrupção. Jereissati lembrou que um assessor de José Guimarães foi preso em um aeroporto de São Paulo no episódio que ficou nacionalmente conhecido como "dólar na cueca".
- Se dólar na cueca do assessor do parlamentar não é prova, se flagrante não é mais prova, eu não sei mais o que seria prova - afirmou Jereissati se referindo às afirmações do presidente Lula de que o senador deveria apresentar provas das acusações que faz contra o PT no Plenário do Senado.
Da tribuna, Jereissati informou que o PSDB iniciou esta semana processos de expulsão de dois deputados suspeitos de envolvimento com esquemas de desvio de recursos do orçamento da União: Domiciano Cabral (PB) e Paulo Feijó (RJ). O senador, presidente do PSDB, garantiu que a legenda promoverá novas expulsões caso sejam necessárias. Os senadores Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA), Eduardo Suplicy (PT-SP) e Antero Paes de Barros (PSDB-MT) apartearam e comentaram o pronunciamento do colega cearense.
02/08/2006
Agência Senado
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