João Batista Motta critica estado precário das rodovias federais no país



Ao atestar a precariedade dos corredores de transporte no país, especialmente o rodoviário, o senador João Batista Motta (PMDB-ES) anunciou a intenção de apresentar projeto de lei para isentar de tributação obras públicas de infra-estrutura. Ele propôs ainda nesta terça-feira (3) que o governo federal crie uma câmara de gestão, nos moldes da implantada na época da crise energética, em 2001, que se encarregaria de administrar a aplicação dos recursos da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) na recuperação das rodovias.

- Se o governo agisse com determinação e um mínimo de responsabilidade nessa área, já teria atentado para o estado de nossas estradas – afirmou. Para ilustrar o abandono das rodovias federais no Espírito Santo, Motta comentou que no trecho da BR-101 que liga o estado ao sul da Bahia, a Aracruz Celulose perdeu 28 carretas na pista “esburacada e intransitável” no período de 30 dias.

Conforme acrescentou, três empresas que utilizam a via para escoamento de seus produtos decidiram realizar uma operação tapa-buracos com terra batida. O parlamentar peemedebista queixou-se ainda da condição obsoleta dos portos do Espírito Santo, situação que teria levado os empresários do ramo de granito a recorrer à estrutura portuária do Rio de Janeiro para exportar sua produção. A ausência de um aeroporto de porte internacional no estado foi outro alvo de reclamação.

João Batista Motta também aproveitou a oportunidade para se despedir do senador Marcos Guerra (PSDB-ES), suplente do senador Gerson Camata (PMDB-ES), que encerra sua passagem no Senado nesta quarta-feira (4) com o retorno do titular do mandato. Além de reconhecer em Marcos Guerra, empresário em Colatina, “um homem de valor, sério e direito”, manifestou satisfação com o retorno de Camata, na sua opinião “o melhor governador que o Espírito Santo já teve”.



03/08/2004

Agência Senado


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